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Falta de avanço tecnológico dificulta crescimento do setor

Para pesquisadora da Emater investimento em pesquisa é solução. Foto Fredox CarvalhoNayara Pereira
“Em meio aos avanços da fruticultura no estado, um dos entraves que vem dificultando o crescimento do setor, é a falta de tecnologia aplicada”, defendeu a pesquisadora da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater), Wilma Bacelar, nesta quarta-feira (7), durante palestra no 1º Encontro Goiano de Fruticultura. O evento, realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), acontece no auditório da entidade e vai até a próxima quinta-feira (8). Durante os dois dias, também acontece o 13° Seminário de Citricultura Goiana.

Bacelar explica que o investimento em pesquisa seria uma das principais soluções para que a fruticultura em Goiás ganhasse proporções ainda maiores. Mas a pesquisadora defende, que a cadeia precisa se unir. “A pesquisa no estado está praticamente estacionada. Para se ter uma ideia, de 2014 para cá que o setor começou a avançar. Infelizmente, perdemos muito com isso, principalmente a fruticultura que ainda depende da produção de outros estados”.

Gerente da Emater destaca fomento em pesquisa. Foto Fredox Carvalho

Outro fator está na falta de investimento do setor público e privado em sistemas de produções relacionados a cada cultura. “Hoje o produtor precisa receber incentivos ligados a assistência técnica para que ele possa gerenciar sua cultura. Produtor sozinho não cresce, ele precisa de atenção. Como faremos isso? Levando tecnologia a eles para que possam aplicar em suas produções”, salientou.

Na outra ponta, o gerente de pesquisa da Emater, Vagner Silva, que também participou da palestra, explica que a entidade vem avançando para levar extensão e assistência técnica aos produtores de fruticultura no estado. “Estruturamos muitas diretrizes na agência e estamos trabalhando para avançar em pesquisa e tecnologia. Só assim poderemos fazer com que os produtores rurais, saiam da sua zona de conforto e gerenciem sua propriedade com todos os suportes precisos para o crescimento”.

Instrutor do Senar destaca profissionalização como alternativa. Foto Fredox CarvalhoProfissionalização como alternativa
“Os suportes para que a tecnologia chegue até os produtores rurais, pode ser através da profissionalização”, observou o instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), Lucimar Lima. Segundo ele, já existem técnicas e soluções para problemas que impedem o avanço de algumas cultivares, como por exemplo a banana e abacaxi.

Para que esse avanço aconteça é necessário que o produtor esteja disposto a adotar novas ferramentas no dia a dia da produção. “Até o próprio Senar Goiás disponibiliza cursos como o cultivo hidropônico e o treinamento em fruticultura no cultivo de bananais. São técnicas que através da irrigação nos pés das bananeiras conseguimos uma rentabilidade na produção. Isso vem fazendo a diferença”, aponta Lucimar.

Produtor de Itaguaru aponta desafios na produção. Foto Fredox CarvalhoNa visão do produtor rural de Itaguaru, Antônio Leonel, os incentivos em pesquisa e principalmente em tecnologia podem fazer a diferença na hora da produção. “Vejo isso com bons olhos, precisamos de mais investimentos, mas não se pode pensar só no melhoramento sem pensar nos preços e valores pagos durante a comercialização e a produção”, disse.

Para Leonel, que produz cerca de 19 hectares de banana maçã em sua propriedade, alguns produtores já viram a importância do investimento, mas a cadeia precisa se organizar. “Não podemos trabalhar sozinho e nem apontar novos preços e mercados para nossos produtos, precisamos nos unir e trabalhar juntos em um único objetivo”, finalizou.

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