Ministério da Economia divulga estimativa o PIB deste ano e prevê queda de 4,7%, até o momento. A equipe econômica desenhou um cenário com uma série de empresas decretando falência e o alto crescimento na taxa do desemprego, o que provavelmente culminará na destruição da capacidade de crescimento de longo prazo. De acordo com o subsecretário Vladimir Kuht Telles, a crise é “severa, com recuperação lenta e impacto permanente de longo prazo”.
O ministério também emitiu um tom de preocupação em relação a duração das medidas fiscais de combate à crise. Até o momento, não foi alterada nenhuma diretriz quanto aos níveis de investimento público, devido a atual taxa de juros que segue inclinada a novos cortes. Nenhuma crítica direta foi feita às políticas de isolamento social adotadas pelos governos estaduais, entretanto, conforme Adolfo Sachsida “a cada semana de extensão do isolamento social pode resultar em queda de R$20 bilhões no PIB, ou 0,7 ponto percentual de PIB a cada duas semanas.
Componentes
A nova estimativa foi obtida por meio do acompanhamento desagregado dos 128 produtos da Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ao considerar que ainda há incerteza sobre o prolongamento do isolamento, da velocidade da retomada da economia e do potencial de destruição estrutural da crise, os dados poderão ser revisados, aponta a Secretaria de Política Econômica (SPE), que preparou o trabalho.
O estudo informa que os efeitos econômicos da pandemia são diretamente relacionados à determinação do isolamento social e levam em consideração que a paralisação terminará em 31 de maio. Nesse contexto, três componentes foram considerados: impacto imediato diante das restrições à produção e ao consumo, duração do período de recuperação e impacto sobre a trajetória de longo-prazo da economia.
“O crescimento deste ano e do próximo dependem muito do que acontecerá em breve. O custo dessa crise não é apenas transitório, pode ser permanente em efeitos econômicos. Quanto mais lento for o retorno, menor será o crescimento deste ano”, apontou o subsecretário de Política Macroeconômica, Vladimir Teles. “R$ 20 bilhões por semana é o custo de curto prazo. Depois disso há o custo indireto.
Fonte: Ministério da Economia