Formadores do Agrinho se adequam a novo regulamento

Murillo Soares

Iniciou-se oficialmente a largada para o programa Agrinho 2016. Um dia após o lançamento oficial do tema da iniciativa, que aconteceu nesta quarta-feira (3), professores das redes pública e conveniada de Goiás e instrutores e equipe do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) se reuniram no Augustus Hotel, setor central de Goiânia, para os primeiros passos da capacitação. Além disso, buscou-se maior integração dos participantes com os Sindicatos Rurais (SR).
Este ano, o Agrinho tem o tema “Água: preservação e uso no campo e na cidade”. E, além de tema novo, também tem categoria nova: Agrinho Jovem. Fátima Araújo, coordenadora de Ações e Projetos do Senar Goiás, explica que, nesta nova categoria, pretende-se envolver os mais jovens com o empreendedorismo sustentável. “O termo fala daquele tipo de empreendedorismo que passa de geração para geração. É montar um negócio hoje, preservando tanto a cultura local quanto o mercado regional e sua matéria-prima”, diz.

Segundo a técnica em controladoria do Senar Goiás, Liliane Arruda, outra grande mudança do programa é a aglutinação de duas categorias existentes: Experiência Pedagógica e Escola Agrinho. “A junção foi feita para que a comunidade escolar como um todo possa participar, incluindo professores, diretores e coordenadores, que enviarão um único trabalho para o concurso”, sintetizou.

Faeg Jovem

Para auxiliar na categoria Agrinho Jovem, o programa Faeg Jovem estará em sincronia. “Há cinco anos trabalhamos com jovens de 18 a 35 anos dentro dos SR. Preconizamos formar núcleos, para que atuem e contribuam para potencializar as ações dos sindicatos em seus municípios. Trabalhando também com projetos que sejam interessantes para a região.
A ideia é fazer com que o jovem perceba a importância da força sindical no Agronegócio”, explicou Fernando Veiga, coordenador de Ações e Projetos do Senar Goiás. Segundo ele, esta base de apoio entrará em contato direto com os jovens egressos do próprio Agrinho, do Pronatec, cursos do Senar e também dos núcleos dos Sindicatos Rurais. A intenção é moldá-los, fazendo-os pensar como empreendedores de sucesso, pensando além do programa e traçando ideias para seus futuros.

“O aluno vai percorrer o itinerário normativo e desenhar uma ideia de negócio para que, em 2017, o concurso o premie em dinheiro e ele comece sua empresa, depois de ter passado pela capacitação”, finaliza Fátima. E completa explicando que “jovem” não quer dizer idade cronológica e sim de espírito.

A principal mudança, que eu chamaria de inovação do programa, é o Agrinho Jovem. As categorias Redação e Desenho permanecem. A categoria Experiência Pedagógica se juntou a Escola Agrinho, com as características mais técnicas. Na nova categoria, vamos envolver mais o jovem, buscando integrá-lo ao empreendedorismo até o fim do ano.

Capacitação

O treinamento vai até esta sexta-feira (5), com o lançamento do tema. Segundo Fátima, a capacitação, que é realizada basicamente através de palestras, teve mudanças também. “Este ano, deixou-se de utilizar o termo ‘multiplicadores’ para usar ‘formadores’, mas algumas pessoas permaneceram no processo, fazendo a mesma função”, conta. “O que muda é que os convidados deixam de ser aquela pessoa que vem a Goiânia, recebe a capacitação e volta para multiplicar entre seus pares, e passa a ser um instrutor do Senar ou um professor convidado, que recebe capacitação aqui e faz a formação inicial nas escolas para que implante ou implemente o programa”, finaliza.