Goiás deve ter crescimento na safra de cana-de-açúcar de 4,3% em 2019

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Conforme o 1º levantamento da safra de cana-de-açúcar relativo a safra 2019/2020, divulgado na última terça-feira (07), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de cana-de-açúcar no Brasil deverá alcançar cerca de 616 milhões de toneladas, o que representa uma redução de 0,7% em relação à safra anterior, que foi de 620,4 milhões de toneladas. A motivação disso seria a retração da área colhida, estimada em 8,38 milhões de hectares (queda de 2,4% se comparada à safra anterior). Embora tenha havido um aumento da produtividade média, não foi suficiente para influenciar positivamente na produção.

O 1º Levantamento da Cana mostra que a produção total de etanol está prevista para 30,3 bilhões de litros. Isso representa uma diminuição de 4,2% em relação à safra passada, que foi de 33,1 bilhões. O anidro, utilizado na mistura com a gasolina, deverá ter aumento de 11%, alcançando 10,6 bilhões de litros. Já no caso do hidratado, o total produzido deverá ser de 19,7 bilhões de litros, com redução de 16,5% ou 3,88 bilhões de litros. O mix de produção deve ser de 60,8% da cana produzida destinado ao etanol e 39,2% para produção de açúcar.

A novidade neste levantamento é que a produção de açúcar voltou a aumentar e deverá atingir cerca de 31,8 milhões de toneladas, ou seja, um crescimento de 9,5%. Isso demonstra uma tendência de reequilíbrio entre a destinação de cana-de-açúcar para a fabricação de açúcar e etanol. Mesmo com a recuperação do açúcar, a tendência é que o mercado ainda se mantenha mais atrativo para o etanol, em razão principalmente do excedente do adoçante no mercado mundial. A Índia, por exemplo, mantém a sua produção elevada que deve ser recorde esse ano com mais de 33 milhões de toneladas e esse e outros fatores provocam a preferencia das usinas em produzir etanol.

Outra novidade do levantamento é a apresentação de dados da produção de etanol de cereais. O milho já é responsável pela produção de cerca de 1,4 bilhão de litros do etanol total produzido no país, somando-se anidro e hidratado. Segundo o levantamento realizado em cerca de 340 usinas, o estado que mais produz etanol de milho é Mato Grosso, seguido por Goiás e Paraná. Há a expectativa de surgirem novas unidades de produção, especialmente nesses estados grandes produtores do cereal. Os investimentos são crescentes e a produção de etanol de milho deve ganhar ainda mais destaque no futuro.

Com relação à Goiás, o estado vem aumentando, ao longo dos anos, a sua importância no cenário nacional para a produção de cana-de-açúcar, com incremento em área plantada, produção e produtividade média. A safra deve ser de mais de 73 milhões de toneladas, um incremento de 4,3% comparado à safra anterior. Entre os fatores que favorecem esse crescimento estão o clima tropical (envolvendo fotoperiodismo, horas de brilho solar, índices de precipitação etc.), o surgimento de cultivares mais produtivas e da maior adaptação às condições da região, as condições topográficas e os seus auxílios à mecanização das operações, além das melhorias em manejo. Dessa forma, o estado passou a ser o segundo maior produtor de cana-de-açúcar do país, ficando atrás apenas de São Paulo. Para essa safra 2019/20, a expectativa é de continuidade desse panorama de crescimento, com incremento em área de produção na ordem de 3,5% em comparação à temporada passada, devendo ficar em 949,2 mil hectares colhidos.

Além disso, a produtividade média e a produção esperadas tendem a crescer 0,8% e 4,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período. Os principais municípios produtores do estado apresentaram condições climáticas satisfatórias ao longo da implantação das lavouras e do desenvolvimento da cultura. De acordo com esses números preliminares, Goiás deve responder por quase 12% da produção nacional de cana, 17% da produção de etanol e 6% da produção de açúcar. Quase 10% da área colhida de cana em todo território nacional estão em solos goianos. O mix de produção em Goiás deve ser de 81,6% da cana produzida destinado ao etanol e 18,4% para produção de açúcar.

Comunicação Sistema Faeg/Senar


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