Os primeiros leilões de milho safrinha devem ocorrer em Goiás na próxima semana. Esse foi o compromisso assumido pelo secretário de Política Agrícola do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja Goiás), Bartolomeu Braz Pereira, e diretores da Aprosoja Brasil, durante reunião nessa terça-feira (27), em Brasília.
No inicio de maio, o presidente da Faeg e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, encontrou com o ministro e solicitou apoio à comercialização da segunda safra do milho no Centro-Sul do país, em especial a subvenção econômica para sustentar os preços do grão, por meio do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) e do Prêmio de Escoamento da Produção (PEP).
A CNA solicitou ao Ministro que a Conab esteja atenta aos preços de mercado em todas as regiões, pois a expectativa de produção recorde tem gerado tendência de baixa de preços, inclusive abaixo do preço mínimo vigente em muitos estados. “Precisamos trabalhar em sintonia com o ministério para que o mercado possa reagir”, afirmou Schreiner.
No encontro, em Brasília, o vice-presidente da Faeg, falou da urgência em promover esses leilões no estado, pois devido ao aumento da oferta do cereal os preços estão operando abaixo do mínimo oficial (R$ 19,21) desde a semana passada. Na terça, por exemplo, a cotação média da saca de 60 kg em Goiás foi de R$ 18,13, segundo dados do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag).
Diante da solicitação, Geller afirmou que ainda nesta semana o Mapa vai divulgar os editais de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) e talvez de PEP (Prêmio para Escoamento de Produto) para atender o Estado. Conforme o secretário, os leilões já devem acontecer na próxima semana.
“A Faeg e a Aprosoja Goiás vinham informando o ministério sobre o andamento do mercado goiano. Acreditamos que essa medida é importante e vem em boa hora para colaborar na comercialização dos produtores e ajudar o escoamento da safra”, destacou Bartolomeu.
Alerta
É importante que os produtores fiquem atentos às empresas que vão participar das negociações, alertou Bartolomeu. “Tivemos relatos de que no Mato Grosso algumas empresas estão fazendo venda casada: pegam o prêmio do Pepro e já comercializam seus insumos com preços bem acima do mercado”, ressaltou o vice-presidente da Faeg e presidente da Aprosoja Goiás.
Fonte: Aprosoja Goiás e Faeg
Foto: Arquivo Faeg