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Ifag: veja como está o mercado do milho, soja, aves e suínos

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Milho registra semana de consideráveis altas na B3 refletindo geadas no Sul do país

●BOLSA DE CHICAGO: Os preços futuros do milho operaram com consideráveis ganhos na última semana na Bolsa de Mercadorias e Futuros de Chicago (Cbot). Na quinta-feira, o primeiro contrato alcançou o maior valor dos últimos meses.

● FUNDAMENTOS: Foi divulgado no início da semana o relatório semanal de Inspeções e Exportação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que apresentou um volume total de 1.008 milhão de toneladas de milho que foram exportadas durante a semana encerrada em 24/06. Seguindo a tendência do mercado, os preços futuros praticados na segunda-feira na Bolsa de Mercadorias e Futuros de Chicago (Cbot), apresentaram tendência de alta, e permaneceram operando no positivo até o final da semana, fechando a sexta-feira com movimento de recuo na bolsa. Outro fato que “alimentou” o mercado durante a semana foi a projeção da USDA com relação à área plantada de milho, que apresentou um aumento. Além disso, o aumento na produção e consumo de etanol fez com que o mercado se mantivesse agitado.

●MERCADO INTERNO: Preços do cereal abriram a semana em alta devido aos problemas enfrentados durante a safra, somado as especulações de uma possível geada no Sul do país. Na terça-feira a Bolsa Brasileira (B3), alcançou seu limite de alta, já que a suposta geada se fez presente nas lavouras de milho em algumas regiões do país, permanecendo em campo positivo até sexta-feira. ● GOIÁS: Em Goiás, os preços do cereal também sofreram um reajuste de alta e finalizaram a semana sendo cotado a R$ 73,10. Os preços praticados no estado foram reflexo da incidência de geadas na semana, finalizando a semana em alta.

Soja: preços futuros da soja em Chicago opera com forte tendência de alta durante a semana

●BOLSA DE CHICAGO: Os preços futuros da oleaginosa na Bolsa de Mercadorias e Futuros de Chicago (Cbot), operaram sob grande tendência de alta nesta semana, testando leves baixas na quinta-feira, mas se recuperando e finalizando em campo positivo entre seus principais vencimentos.

●FUNDAMENTOS: Os preços futuros da soja na Bolsa de Mercadorias e Futuros de Chicago (Cbot), iniciaram a semana (28/06) com registro de movimentações positivas, puxados pelos preços do óleo de soja. No meio da semana (quarta-feira), a USDA divulgou em seu relatório, que a área total plantada de soja perdeu considerável força diante da grande influência do clima no país, fazendo com que os preços se projetassem com grande força positiva entre seus principais vencimentos e mantivesse sob tendência de alta. Na quinta-feira (01/07), com os investidores atentos a previsão de chuva na região do Corn Belt, que previa a incidência de precipitações para os próximos cinco dias seguidos no país, fez com que se limitasse os ganhos nas movimentações, porém este movimento não foi o bastante para reverter a tendência da semana e o mercado da oleaginosa encerrou a sexta-feira com consideráveis ganhos semanais.

●PARIDADE DE EXPORTAÇÃO: Com cotações em Chicago, câmbio e prêmio evoluindo positivamente, a paridade de exportação para Rio Verde registrou forte ganho na semana, valorização de 15% no período. ●MERCADO: A cotação média do estado fechou a sexta-feira na soja disponível sendo cotada à R$144,86/Sc. O preço da semana foi R$/Sc 11,86 superior quando comparado à semana anterior, apresentando um cenário de alta para o estado. As cotações acompanharam a alta na paridade de exportação e entregam no mercado físico as variações positivas dos formadores de preço da soja no país (preço da soja em Chicago, câmbio e prêmio);

Demanda internacional sustenta arroba bovina no Brasil

Mercado Internacional No comparativo anual, os embarques de carne bovina no mês de junho deste ano foram mais comedidos, com um total de 6 mil toneladas por média diária exportadas, valor -7,64% inferior a junho de 2020. O boi padrão China está cerca de R$5,00/@ a mais que o boi comum, o que beneficia o faturamento total das exportações. Nesse sentido, para o mês de junho a receita por média diária foi de US$ 34 milhões, valor considerado significativo para o setor. A expectativa para o mês de julho é de manutenção do ritmo acelerado nas exportações, o que é importante para a pecuária de corte brasileira, uma vez que a demanda nacional se encontra discreta. Mercado Nacional O indicador do Boi Gordo Cepea/B3, registrou média de R$318,46/arroba com variação negativa de -1,13% no comparativo semanal.

Os compradores testaram preços mais baixos, mas os mesmos não foram absorvidos pelos pecuaristas. A demanda interna por carne bovina está enfraquecida, uma vez que a maioria da população não consegue ter acesso ao consumo diário desta proteína optando, portanto, por outras fontes. Nesse sentido, o que tem sustentado os preços da arroba é a falta de oferta de gado para abate. Na última semana, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) anunciou reajuste de 52% na bandeira tarifária da energia elétrica, fator que poderá dificultar ainda mais o aumento da demanda doméstica por carne bovina, somado ao custo de produção dos produtores que poderá sofrer alterações.

De qualquer maneira, a curto prazo a tendência é que os preços continuem estáveis. Mercado Regional Conforme dados coletados pelo IFAG, a média do boi e vaca gorda nessa semana em Goiás foi R$299,05/arroba e R$290,12/arroba, respectivamente. Ambos apresentaram pequena redução de preços no comparativo semanal de -0,32% e -0,30%, mas de maneira geral o cenário segue a tendência da praça paulista, com a oferta restrita sustentando as cotações. No mercado de reposição como observado na tabela ao lado, houve queda nas cotações principalmente dos bezerros.

Junho termina com excelente desempenho nas exportações de aves e suínos

Mercado externo e exportações A secretaria de economia do governo do México, divulgou na última semana, uma nova cota para importação de carne de frango brasileira, focada na redução tarifária. O México é um importante comprador de carne de frango do Brasil, com exportações de 38,3 mil toneladas entre janeiro e maio deste ano, com tarifas à 75%. A nova cota irá beneficiar o mercado brasileiro com aumento do faturamento e das oportunidades para os avicultores.

Os embarques de carne suína na última semana do mês, continuaram aquecidos com um total de 4 mil toneladas exportadas por média diária e receita de US$12 milhões por dia. A expectativa para o mês é de manutenção das exportações em alta. Demanda e oferta doméstica Em Goiás, a média do suíno vivo foi de R$6,00, queda de 20% em relação à semana anterior. Após o mês de maio pautado nas baixas de preços, junho foi de recuperações apesar da queda nas cotações nos últimos dias.

A tendência é que em julho tenha uma movimentação de baixa, uma vez que o custo de produção voltou a subir. Na última semana, a média de preços do frango vivo em Goiás segundo o IFAG, foi de R$5,20 também com queda de 3,70% em relação a semana passada. Apesar da pequena queda nos preços que já era esperada devido ao fator sazonal de final de mês, em geral a carne de frango tem apresentado excelente desempenho com escoamento de forma efetiva, tanto no mercado interno quanto no mercado externo, causando redução nos estoques e consequentemente estabilidade nos preços.

Insumos Segundo o Cepea e IFAG, nas praças de São Paulo e de Goiás, o cenário foi de recuperação no preço do milho, com médias na última semana de R$89,34/Sc e R$70,48/Sc, respectivamente. A frente fria que chegou no país nos últimos dias tem causado geadas na região sul e sudeste, fator que comprometeu algumas produções, levando ao aumento dos preços. Para os próximos dias é necessário observar a andamento da lavoura de milho nos EUA, o que poderá interferir nos preços domésticos deste cereal.

Fonte: Ifag
Comunicação Sistema Faeg/Senar/Ifag
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