A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) esteve presente na abertura oficial da Conferência Internacional de Confinadores (Interconf), em Goiânia (GO), na última terça-feira (10).
O evento, que começou no último dia 09 e segue até a próxima quinta-feira (12) de setembro, contou com a participação de pecuaristas, confinadores, técnicos e representantes de entidades ligadas à cadeia de pecuária de corte. O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg e vice-presidente da entidade, José Manoel Caixeta, parabenizou a organização do evento pela programação com renomados palestrantes em mais uma edição e lembrou o pioneirismo de Ricardo Merola, na época o presidente que criou a conferência.
Caixeta cumprimentou pecuaristas goianos representantes de Sindicatos Rurais presentes e falou da satisfação do Sistema Faeg/Senar estar presente em um evento nacional de pecuária de corte que, segundo ele, levanta questões de mercado, de aumento de produção e dos problemas da cadeia da carne sem deixar de lado a conquista da confiança do consumidor brasileiro e internacional.
Ele comentou que Goiás sai na frente no sistema de produção por meio de confinamento, ressaltou o aprimoramento e capacitação desenvolvidos pelo Senar Goiás com os produtores e trabalhadores na cadeia e lembrou o Congresso Internacional da Carne realizado pelo Sistema Faeg/Senar no mês de junho.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação de Goiás, Antônio Flávio Camilo de Lima, disse que o governo de Goiás apoia o evento, citou a importância do evento Goiás Genética, que será realizado na próxima quarta-feira (11), como importante ao setor e que a cadeia precisa discutir ser discutida e mais competitiva garantindo uma maior produtividade de proteína animal.
O presidente da Associação Nacional de Confinadores (Assocon), Eduardo Alves de Moura, disse que o ano de 2013 será de queda no número de animais confinados. Comentou dos problemas enfrentados por produtores do Mato Grosso com demarcação de área indígenas e que a entidade quer discutir uma maior renda ao pecuarista brasileiro, com mais competitividade e mais eficiência com menos área e menor número de cabeças por meio de tecnologia.
Palestra
O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, apresentou palestra com cenário macro econômico brasileiro. Falou da recuperação da economia a partir de 2010 e que o País crescerá mais no próximo ano, 2014. Ele comentou do comércio mundial ano a ano e que o volume desse comércio deve seguir uma taxa de 7,3% ao ano. Meirelles falou ainda da exportação do Brasil para a China, que estavam maiores e que estão diminuindo.
Para ele, o País tem o desafio de realizar a construção de uma melhor da infraestrutura em busca de maior competitividade dos produtores brasileiros e comentou que o custo da mão-de-obra brasileira tem crescido muito. Falou que o dólar está mais caro, mas que isto é uma tendência, principalmente aos exportadores e que o Brasil está cada vez mais importando produtos que exportando. O palestrante comentou também que a taxa de crescimento do consumo de proteína animal pela China vem crescendo e seguirá assim pelos próximos 10 anos.
Segundo ele, os chineses têm melhorado seus salários e consequentemente melhorado suas dietas alimentares. A taxa era de 5,2 quilos de consumo de carne bovina em 1999; passou para 7,7 em 2010; há previsão para 15,8 em 2020 e 23,8, em 2030; Meirelles falou que os Estados Unidos da América puxou a economia mundial para baixo, mas que o crescimento do País voltou a crescer e a oferecer melhores perspectivas de comércio com o mundo.