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Maratona de palestras se encerra com tema “Mastite Bovina”

Palestrante João BatistaLaryssa Carvalho
Com a duração de uma semana, a maratona de palestras sobre temas relacionados ao Programa Goiás Mais Leite – Metodologia Balde Cheio, realizadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) chegou ao fim na última sexta-feira (15), no Augustu’s Hotel. Com a palestra “Mastite, o que é?”, ministrada pelo palestrante João Batista de Paula, os técnicos que estiveram presentes puderam contar com orientações sobre a doença que causa grandes prejuízos aos produtores.

A mastite geralmente surge durante o período de lactação da vaca. Entre os sintomas estão: secreção de leite com grumos, pus ou de aspecto aquoso; tetas e úbere com vermelhidão. As vacas podem ainda apresentar febre, perda de apetite e, em casos mais graves, chegar à morte. Na produção, a redução pode chegar a 20% e, além disso, o leite pode sofrer desqualificação por causa da qualidade e dos resíduos de antibióticos.

Durante toda a palestra foram repassados aos presentes o conhecimento necessário sobre a mastite bovina. De acordo com o palestrante João Batista, a arma mais importante de combate à doença é a prevenção. “Eu achei totalmente positiva a iniciativa do Senar, por que na verdade nós somos um time então nós precisamos falar a mesma língua, precisamos encarar o problema de forma conjunta e de forma técnica. Então nada melhor que colocar as experiências, dificuldades de cada um. É realmente importante estarmos sempre buscando o conhecimento afinal a mastite é uma doença grave”.

Para o produtor de leite a mastite bovina não é novidade. Ilustrando o tema de forma sucinta e de fácil compreensão a todos, o palestrante explica o que é a doença: “A mastite bovina é, com certeza, o assunto mais abordado na pecuária leiteira. É a doença de maior importância que representa 35% dos problemas de saúde do animal dentro de uma fazenda leiteira e compromete a produtividade. Ela é uma doença multifatorial, que afeta fatores que variam desde à imunidade e resistência da vaca e resistência, quanto à questão de alimentação desses animais” expõe Batista.

Além da máxima atenção com os sintomas apresentados pelo animal, o produtor rural deve atentar-se também aos tipos da doença. São ao todo três tipos: Mastite Clínica, Mastite Subclínica e a Mastite Crônica. O grande problema encontrado pelos técnicos e relatado durante a palestra é a ausência de conhecimento pelo produtor sobre estas três formas da doença. A mastite clínica, por exemplo, possui sintomas visíveis, o que caracteriza seu tipo de fácil identificação. A mastite subclinica já não possui sintomas visíveis e é o tipo com maiores ocorrências nas propriedades.

Rogério TrevisoliPara o técnico do programa Goiás Mais Leite - Metodologia Balde Cheio em Caçu, Rogério Trevisoli, os problemas relacionados à mastite bovina têm sido recorrentes na região. “Constantemente a gente tem visto nas propriedades esse problema. Um problema recorrente é o produtor. Geralmente, ele quer apenas tratar o animal acometido, mas não tira um tempo para saber realmente de onde vem esse problema e atacar a causa” desta Rogério.

Quando indagado sobre a iniciativa do Senar Goiás, o técnico não esconde a satisfação. ”É muito positiva essa iniciativa, eu acredito que o Senar acertou em cheio nos temas tratados nesta semana. Houve uma pesquisa com os técnicos e realmente eles estão contemplando a nós, técnicos, com a maioria dos problemas que enfrentamos no dia a dia. Foi uma semana muito produtiva, os palestrantes conseguiram passar para nós todo esse conhecimento e espero que a maioria possa levar para sua unidade uma base mais sólida de conhecimento que ajude nossos produtores goianos” elogia Trevisoli.

Antonio PintoJá o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e técnico da metodologia Balde Cheio pelo Senar Goiás, Antônio Pinto, destaca a importância do técnico quanto mediador de conhecimento. “O técnico quando ele assina a receita ele é responsável por ela, lucro ou prejuízo ele é responsável. É fundamental que tenhamos atenção na orientação ao produtor rural visto que o trabalho do técnico é fundamental. A partir do momento que ele assinou e orientou, ele tem que ter a consciência de que ele é responsável pelo resultado” enfatiza Antônio.

Quando um filho se destaca positivamente em alguma etapa de sua vida, seus pais ficam orgulhosos. O sentimento de orgulho e satisfação não poderia ser diferente para o coordenador do Goiás Mais Leite – Metodologia Balde cheio, Marcos Henrique. “O balanço foi muito positivo, contamos com a presença em massa dos nossos técnicos e isso foi realmente muito bom, sensação de objetivo cumprido. A sensação é de muita satisfação com o evento” destaca o Marcos Henrique.

Programa Goiás Mais Leite
O Programa Goiás Mais Leite – Metodologia Balde Cheio, desenvolvido pelo Senar Goiás tem por objetivo de difundir aos pecuaristas de leite as novas tecnologias e métodos da área de produção leiteira. Além disso, visa promover o desenvolvimento da atividade leiteira, ao utilizar como principal ferramenta a transferência da tecnologia para produtores e técnicos do campo, de entidades públicas e privadas, para que se tornem multiplicadores de conhecimento. A principal estratégia para a realização dessa disseminação é a formação de unidades demonstrativas, a fim de evidenciar a viabilidade técnicas, econômica, social e ambiental da produção intensiva de leite.

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