Cristiano Palavro
O Ministério da Agricultura publicou nesta terça-feira (12) a Portaria nº 10/2016, que renova o estado de emergência fitossanitária em Goiás até novembro deste ano. A prorrogação também foi autorizada para os Estados de Mato Grosso e Piauí. O documento libera a utilização de produtos emergenciais para o controle do complexo de lagartas que atacam a soja, especialmente a Helicoverpa armigera.
No entanto, para que os produtores possam, de fato, pulverizar suas lavouras com inseticidas como o benzoato de emamectina – um dos ingredientes ativos mais efetivos no controle da H. armigera –, é preciso autorização e regulamentação da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa).
Por isso, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Goiás (Aprosoja-GO) e a Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa) solicitaram para os próximos dias uma reunião com o presidente da Agrodefesa. Nos últimos dois anos, Goiás foi incluso na lista dos Estados em situação de emergência fitossanitária, mas não pôde usar o benzoato para o controle da situação, diferente de outros estados como o Mato Grosso e a Bahia.
Cálculos da Faeg e Sindicatos Rurais estimam que apenas os ataques da lagarta H. armigera nas lavouras de soja em Goiás acarretaram prejuízos financeiros na ordem de R$ 340 milhões desde o seu surgimento no estado.