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Presidente da Faeg destaca produção de alimentos

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Michelle Rabelo, de Campo Grande (Com informações a Famasul)

Moderando o painel de debate cujo tema é o carro chefe da Bienal dos Negócios da Agricultura Brasil Central, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, iniciou sua fala dando boas vindas aos presentes e destacando a produção de alimentos no Brasil. “Estamos em um ótimo momento para comparar o antes e o agora. Éramos um grande importador de alimentos. Carne e outros produtos de primeira necessidade precisavam vir de outros países. Hoje somos um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. Precisamos analisar essa trajetória e perceber o quanto caminhamos e o quão importante é o agropecuária para a sociedade como um todo”, disse. Mais de 50 pessoas, entre produtores, presidentes de Sindicatos Rurais (SRs) e membros da diretoria, da comitiva da entidade estavam na plateia na última terça-feira (1).

Schreiner, que moderou o painel composto pelo pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Celso Moretti; e pelos presidentes da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Sérgio Luiz Bortolozzo e da Associação Portuguesa de Agricultura Biológica (Agrobio), Geraldo Berger, fez questão de ilustrar a evolução do setor. “Antes, nós demorávamos de 4 a 5 anos para abater um boi. Hoje abatemos o animal em 1 ano e meio, com uma carne de excelente qualidade. Tudo isso usando o mesmo espaço físico e os mesmos recursos naturais. É a prova de que inovação e pesquisa aplicada no setor traz resultados incríveis”. Ao final do evento, painelistas e público foram unânimes: para obter tecnologia de ponta e produtos em ascensão é preciso investimento de pesquisa e desenvolvimento.

A Bienal - realizada em conjunto pelas Federações da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), do Mato Grosso do Sul (Famasul), do Mato Grosso (Famato) e do Distrito Federal (Fape), esse ano objetiva, entre outras coisas, analisar a evolução das técnicas de produção e a maneira como o homem do campo vem buscando, cada vez mais, conhecimento para aumentar seus negócios. Nesse cenário de trabalho para evoluir a agricultura, foi unânime entre os participantes do painel o alto valor das pesquisas públicas para o setor. O pesquisador da Embrapa, Celso Moretti, caracterizou a entidade juntamente com todas as empresas que trabalham e contribuem com pesquisas – como uma locomotiva que “vem limpando os trilhos para a passagem do setor agropecuário”, fazendo referência, principalmente, ao trabalho feito para transformar o solo, tropicalizar as variedades dos cultivares e desenvolvendo uma plataforma sustentável.

Para Moretti, a comunicação é fundamental para a ampla divulgação das tecnologias e suas vantagens. “Agora há necessidade de melhoria também na comunicação direta aos produtores”, afirmou.

Os participantes levantaram questões de planejamento dentro do campo, em relação às tecnologias e seus desafios de aceitação na agricultura, ressaltaram também gargalos do agronegócio como burocracia e custo destas novas tecnologias e os avanços que a agricultura vem tendo ao longo do tempo com a utilização da mesma.

De acordo com o agrônomo da Agrobio, Geraldo Berger, para as soluções que podem resultar no desenvolvimento da agricultura é necessário obter um ambiente institucional que permita o investimento para obter resultados em pesquisa e desenvolvimento. “O agricultor brasileiro é herói porque consegue produzir em local adverso. Quem faz o rendimento crescer é aquele que põe a semente no chão, e quem põe a semente no chão e produz é o grande agricultor”, ressaltou.

Muitos aspectos diante da tecnologia e inovação na Agricultura devem ser levantados, ressaltou o presidente da Abramilho, Sérgio Luiz Bortolozzo. A primeira seria a aceitação dessa tecnologia em nível mundial. De acordo com o dirigente, hoje nos encontramos em um momento de demonização de tudo que seria tecnicamente elevado. “Muitos produtores ainda, por falta de conhecimento quanto as vantagens, acabam por ter uma resistência e com isso deixam de utilizar essa ferramenta que seriam mais um ponto de elevação para o próprio negócio”, salienta.
Para Bortolozzo, a agricultura é o trabalho de mais destaque do mundo, a mais bela das profissões. “Somos muito maiores do que qualquer problema que não possamos resolver”, afirmou.

Ele também destacou a importância da pesquisa, alertando os presentes sobre o não menos importante o trabalho em prol da expansão do mercado como um todo. “A Abramilho te um trabalho fantástico nesse sentido. É durante essa etapa que encontramos o momento mais oportuno para tentarmos resolver os entraves enfrentados pelo produtor na questão comercial”. Ele se referiu à parte de venda, já que os produtores trabalham com produtividades muito satisfatórias.

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