É fato que a produção brasileira de leite vem andando de lado há quase uma década. Mas olhando os números com um maior detalhamento, percebe-se que esse panorama está longe de ser uniforme pelo país.
Enquanto Goiás cresceu apenas 22% em 14 anos, o Paraná cresceu mais de 71%. Minas Gerais ficou com 36% de crescimento: em %, o estado vizinho cresceu 63% mais do que Goiás. Em volume absoluto de leite, as discrepâncias são ainda maiores. Enquanto Goiás cresceu apenas 575 milhões de litros no período, o Paraná acrescentou 1,935 bilhões e Minas Gerais quase 2,600 bilhões – 4,5 vezes mais.
Em não havendo uma explicação natural para essa discrepância, visto que as condições inerentes de produção são semelhantes, urge refletir sobre que outras questões poderiam estar envolvidas. O preço do leite não é a única delas, já que o preço do produtor goiano anda em linha com o mineiro. Certamente, o mesmo vale para o preço dos grãos: a rigor, os preços do milho e soja em Goiás são menores do que em Minas Gerais.
A análise acima vem detalha a seguir, em um contexto de gráficos apresentado, por Marcelo Pereira de Carvalho. Ele é CEO MilkPoint, coordenador do Interleite Brasil 2022, que acontece pela primeira vez em Goiânia, nos dias 03 e 04 de agosto. Clique aqui para acessar o conteúdo.