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Chegam ao fim restrições nos financiamentos do FCO 2016

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Gado painelNayara Pereira e Michelle Rabelo

Com grande empenho da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) chegaram ao fim nesta terça-feira (16) as restrições para a aquisição de matrizes ou reprodutores de genética bovina em Goiás. A entidade se reuniu durante a tarde com o Conselho Deliberativo de Desenvolvimento da Região Centro-Oeste (Condel), a Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e entidades ligadas ao setor, e comemorou o resultado de um trabalho que vinha sendo discutido desde o início do ano. A restrição que foi derrubada, constava na programação do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO) desse ano, já que havia restringido o custeio somente para reprodutores e matrizes que apresentassem certificados de registros emitidos pelas associações de criadores.

O presidente da Faeg, José Mário Schreiner, vê o resultado como uma grande vitória para os produtores goianos, tendo em vista as consequências que tais restrições impunham durante os financiamentos, resultando em um impacto negativo nos custos finais.

O gerente de assuntos técnicos e econômicos da Faeg, Edson Novaes, explica que as reuniões tiveram início a partir de uma preocupação da entidade, que foi procurada por pecuaristas e produtores em busca de soluções. “Com essa retirada os produtores poderão novamente dar sequência no planejamento de sua atividade e nos seus investimentos, fazendo com que a agropecuária continue sendo o carro chefe da economia de Goiás”, destaca o gerente de assuntos técnicos e econômicos da Faeg, Edson Novais.

Registro

No estado, segundo Edson, existe um percentual pequeno de animais registrados. De mais de 2,4 milhões de vacas que foram ordenhadas em 2015, não foi possível chegar a apenas 1% dos animais registrados. “O que não quer dizer que não tenham uma boa genética. Eles só não seguiram os tramites para o registro. Além dos produtores que forem financiar os animais pelo FCO encontrarem dificuldades para adquirir animais já registrados, temos outros entraves que também inibirão os financiamentos e os investimentos desses produtores”, afirma.

Outra preocupação, diz respeito a estrutura das associações para atender toda a demanda no estado, na emissão de certificados das matrizes ou reprodutores que forem financiadas. Além disso, a certificação dos animais não certificados demanda tempo e recursos financeiros que podem inviabilizar o investimento devido aos elevados custos para os produtores rurais. “Assim, o produtor que já se encontra com dificuldades para equilibrar seu custo de produção com os baixos preços dos seus produtos, terá que rever seus investimentos e ou até adiá-los”, destaca.

O gerente alerta que o ideal é estimular e incentivar a evolução genética através de uma bonificação - com juros menores -, para aquele produtor que adquirisse os animais com certificados de registros. Por conta disso, a Faeg encaminhou um documento para o Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), solicitando intervenção junto ao Conselho Deliberativo de Desenvolvimento da Região Centro-Oeste (Condel) e Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), no começo do ano. "Tanto a bonificação quanto a exirgência de resgistros para apenas reprodutores, serão analisadas com mais critério pela comissão a fim de serem implantadas", ressalta o assessor técnico da Faeg, Pedro Arantes, que representou a entidade na reunião.

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