A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) debateu, na quinta (13), o uso da rastreabilidade bovina individual como mecanismo de melhoria da gestão da propriedade rural.
O presidente da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Antônio Pitangui de Salvo, destacou a necessidade dos pecuaristas buscarem ferramentas que coletam dados para análise detalhada do desempenho dos animais.
“A rastreabilidade bovina, por meio da identificação individual, proporciona a melhoria da gestão da propriedade porque apresenta os indicadores que permitem entender a performance de cada animal. É preciso aproveitar o bom momento da pecuária brasileira para utilizar ferramentas modernas que servem para aumentar a eficiência produtiva e gerar lucro”.
De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, o Brasil possui um rebanho bovino com mais de 172 milhões de cabeças, considerado o maior rebanho comercial do mundo.
Na avaliação do diretor comercial da empresa Allflex, Ivo Martins, o detalhamento de informações obtidas a partir da rastreabilidade também pode garantir competitividade à pecuária brasileira.
“Um animal identificado corresponde a uma unidade produtiva. Com isso é possível realizar as avaliações zootécnicas e intervenções de maneira específica, por exemplo, saber quais animais têm mais ganho médio de peso. Além disso, existem outros indicadores que vão permitir ao produtor rural tomar decisões de maneira assertiva”, pontuou.
Por meio da rastreabilidade também é possível acompanhar a movimentação do animal na propriedade, obter dados sobre a origem e genética, garantindo ainda mais segurança aos consumidores.
“Não é possível realizar a gestão sem ter detalhes do animal, por isso a pecuária tem como princípio básico a identificação. Isso possibilita aumentar os melhores animais para melhorar a rentabilidade do produtor”, declarou o CEO da Gestão Agropecuária, Paulo Dias.
O uso da tecnologia da pecuária de precisão em benefício do produtor rural foi compartilhado pelo CEO da Fazenda Santa Fé, no estado de Goiás, Pedro Merola. A propriedade atua na criação bovinos desde 1984 e em 1999 iniciou o processo de rastreabilidade.
“A identificação animal é excepcional pois proporciona melhor preço de venda para mercados consumidores exigentes e também o controle total de rebanho. Além disso, um dos maiores benefícios para quem cria a pasto é a realização do manejo eficiente em que conseguimos identificar mensalmente qual foi o ganho de peso de cada animal”, observou.
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