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Parceria entre Sistema Faeg Senar, produtores rurais e as polícias Civil e Militar de Goiás registra avanços no combate ao crime na zona rural

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Nos últimos 12 meses, foram 810 cabeças de gado recuperadas, mais de 100 prisões de receptadores e 230 armas ilegais apreendidas

O produtor rural Sérgio Mesquita mora no sítio Videira, localizado no distrito de Roselândia, na região do Sucuri, em Bela Vista de Goiás. Lá, cria gado e cultiva tomates da variedade grape. São 16 mil pés da fruta, divididos em quatro estufas. A propriedade é uma das mais de mil fazendas do município que contam com Cadastro Rural Georreferenciado feito pelo Batalhão Rural da Polícia Militar de Goiás. Para Sérgio, a placa '007' na entrada do sítio e os dizeres "Área monitorada pela Patrulha Rural" têm um significado especial. "Representa: aqui existe uma empresa rural que não quer malandro por essas bandas", traduz o produtor.

Ele faz parte do Conselho de Produtores Rurais do município e foi assistido pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar Mais, na cadeia de horticultura, durante dois anos. Com o negócio prosperando, Sérgio e outros vizinhos buscaram apoio do Sindicato Rural e do Sistema Faeg Senar para conter o avanço da criminalidade na região. "Estávamos cansados de conviver com roubo de gado e de suínos na região, além de encontrarmos animais mortos e descarnados nas propriedades durante a madrugada", lembra o produtor.

De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Bela Vista de Goiás, Antônio César Fernandes, o agro movimenta a economia local. "A cidade tem uma bacia leiteira forte e está crescendo muito na área agrícola, tanto na soja quanto no milho. Temos grandes laticínios como Piracanjuba, além da Cooperbelgo e do Goianinho", explica o dirigente. A preocupação com o aumento da violência e a situação de insegurança dos produtores locais foram temas de reuniões entre produtores, Sistema Faeg e a equipe do Batalhão Rural da Polícia Militar (BPM Rural), em 2019.

"Tivemos toda assistência do Sistema Faeg e do Comando da Polícia Rural. Nós, produtores, ajudamos com a doação de um drone e outros equipamentos para equipar melhor as viaturas. Foi trabalhoso, tivemos que ir um a um explicar que era uma parceria público-privada. Mas, agora sabemos que a ideia é excelente e que dá certo", comemora o produtor. Ele cita que no último episódio registrado, a polícia desarticulou, em dois dias, uma quadrilha de criminosos, que estava envolvida no roubo de 30 cabeças que foram encontradas em Goianésia. "Não podemos dizer que estamos deitados em berço esplêndido, mas é fato que a segurança melhorou", encerra Sérgio.

De acordo com os indicadores de criminalidade apresentados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-GO), o número de roubos em propriedades rurais teve queda de 49,9%, se comparados os dados de 2020 com os de 2018. Em Goiás, a proteção das famílias que vivem no campo está a cargo do Batalhão Rural, que pertence à Policia Militar, e da Delegacia de Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), vinculada à Policia Civil.

"Enquanto o Batalhão faz a prevenção e combate crimes na zona rural, a Delegacia atua na investigação e desarticulação de quadrilhas e associações criminosas especializadas em infringir a lei porteiras a dentro", diz o presidente do Conselho Comunitário de Segurança Rural (Conseg Rural) e assessor jurídico da Faeg, Augusto César Andrade.

Patrulhamento Rural Georreferenciado

Em todo o Estado, já são 30 mil propriedades cadastradas. Em 2021, o Batalhão espera cadastrar outras 10 mil. O georreferenciamento é um método adotado pelo Batalhão como forma de localizar e identificar propriedades rurais. É feito por meio do reconhecimento de coordenadas geográficas do local, que são geradas no momento do cadastro e interligadas ao número de identificação descrito na placa. Por meio do cadastro, o Batalhão tem acesso à localização exata da propriedade e, ao ser acionado pelo produtor/morador rural, a Central de Comando envia a coordenada para a equipe mais próxima.

Além de agilizar a localização, segundo o comandante do Batalhão Rural, tenente coronel Carvalho, quando o produtor é cadastrado, ele é inserido em grupos de trabalho e se torna corresponsável pelo trabalho. "O GPS foi uma das melhores invenções do século. Ele deixou o atendimento muito rápido. Temos um grupo de WhatsApp direto com o Comando do Batalhão", aprova o produtor Sérgio Mesquita.

Na opinião do comandante, a parceria entre a PM, o Batalhão, a Faeg e os sindicatos rurais é importante. "Primeiro porque abre portas e vem referenciar o trabalho da polícia. Segundo, porque serve como termômetro para sentirmos o que realmente acontece e dar direcionamento para ações", explica Carvalho. "Nada melhor do que quem está e conhece o campo para traçar metas, objetivos e resultados que a gente espera alcançar para a segurança rural", completa.

Trata-se de uma modalidade de policiamento comunitário, na qual a interação direta entre a polícia, o produtor e os representas do setor facilita a comunicação em caso de delito e permite o acionamento em tempo real pelo disk-denúncia ou WhatsApp. "Além do patrulhamento georreferenciado, o produtor pode contar com o Batalhão para consultar a idoneidade de funcionário, caso tenha dúvidas", acrescenta o comandante.

O presidente do Conseg Rural, Augusto César Andrade, explica que a ideia de ter o patrulhamento rural georreferenciado é eficiente, porque diminui o tempo resposta nas ocorrências e proporciona maior êxito no enfrentamento dos crimes ocorridos no meio rural, somando com a realidade da criação de um Batalhão específico para atender ao setor produtivo goiano, que era antiga. "Essa demanda vinha sendo solicitada pelo presidente do Sistema Faeg Senar, Zé Mário Schreiner, desde 2011, através do levantamento O que esperamos do novo Governador", explica. "A cada eleição, a Faeg sempre apresentava aos candidatos as expectativas do setor e suas sugestões de estratégias para aumentar a segurança no campo", contextualiza. "Mas, somente em 2018, a ideia do setor de ter um Batalhão específico, ganhou vida com o governador Ronaldo Caiado", ressalta Augusto César.

Batalhão Rural é exemplo no pronto-atendimento ao homem do campo

O Batalhão Rural da Polícia Militar (BPM Rural) foi criado por meio da Lei nº 20.488, de 2019 e, atualmente, está presente nos 246 municípios goianos. A sede está localizada em Goiânia, na Vila Abajá, onde também funciona o primeiro Centro Integrado de Inteligência, Comando e Controle Rural do País. A unidade dispõe de 100 viaturas adequadas para rodar no campo e conta com policiais treinados para coibir a criminalidade no campo.

"Nosso grupo é forte e reativo. Temos expertise em combater crimes e recuperar patrimônio. Trabalhamos com inteligência para filtrar dados e colaborar na recuperação de bovinos, máquinas e insumos agrícolas", enfatiza o Comandante do BPM Rural, tenente coronel Carvalho. "A proximidade com o produtor é decisiva porque como as distâncias são grandes, a interação em tempo real nos dá informações precisas para executar as ações”, ressalta o comandante.

Em outubro de 2020, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, inaugurou uma nova base do Batalhão Rural em Mineiros. A unidade garante a segurança na zona rural de 13 municípios da região. Na ocasião, o presidente do Sistema Faeg frisou que a nova unidade reforça o policiamento numa região estratégica, localizada na fronteira de Goiás com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. "O Batalhão Rural vai dar apoio a vários municípios do Sudoeste de Goiás, não só ao meio rural, mas ao meio urbano, e às divisas", disse Zé Mário Schreiner.

A parceria entre a Faeg, sindicatos rurais, produtores e a PM também tem inspirado novas diretrizes de policiamento rural nacional baseadas nas ações do BPM Rural, conta o presidente do Conseg Rural. No ano passado policiais de 13 estados vieram conhecer os bastidores do combate aos crimes rurais em Goiás.

Principais ações realizadas pelo BPM Rural nos últimos 12 meses

10.700 abordagens e bloqueios

180 armas de fogo ilegais apreendidas

81.200 proativos (visitas e ações independentes de chamado)

102 prisões de foragidos da justiça

813 animais recuperados (principalmente - gado)

69 operações policiais

28 quadrilhas desarticuladas

No perfil oficial do Batalhão no Instagram, @batalhaoruralpmgo é possível conferir as principais operações realizadas no interior do Estado.

Fonte: BPM Rural.

Cadastramento georreferenciado: o serviço é gratuito. Para participar, o interessado deve procurar o Sindicato Rural do Município ou acionar o Disk-Denúncia:

DISK-DENÚNCIA RURAL

(62) 99631-4340

(64) 98134-3332


Quadrilhas de alta periculosidade

A Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), da Polícia Civil, é responsável por solucionar as ocorrências no campo. "Nosso foco é desarticular as quadrilhas e associações criminosas para quebrar a linha de ação da prática criminosa", explica o delegado, doutor Pedromar Augusto de Souza. "Hoje, os principais crimes que acontecem no interior são furtos de animais, máquinas e produtos agrícolas na madrugada. Em volume menor temos os estelionatos. Nestes casos, o bandido convence a vítima a entregar seus bens sob falsas promessas. Já em Jataí, Rio Verde e Cristalina é mais comum o furto de peças de pivôs de irrigação e maquinários." A prática do roubo a mão armada aparece em menor volume nas estatísticas da delegacia.

O delegado afirma que a redução da criminalidade é perceptível e diz que o trabalho de investigação é desenvolvido em parceria com as delegacias municipais no interior. "No geral, temos os maiores criminosos presos. E quando desmembramos as quadrilhas, tiramos de circulação profissionais especializados exatamente neste tipo de crime", ressalta. "Este pessoal, acorda, toma café, dá tchau para esposa e vai colher dados para escolher qual será sua próxima vítima. Por isso é muito importante a população ficar atenta à movimentação na propriedade e pesquisar antes de contratar um trabalhador ou abrir a porteira para um estranho", alerta.

Um exemplo foi p trabalho realizado pela Polícia Civil de Goiás, por meio da DERCR, com apoio investigativo da Delegacia Regional de Goianésia, bem como apoio logístico da Delegacia de Itapaci e do GT3, que efetuou três prisões em flagrante delito, por furto de semoventes, receptação e associação criminosa, logo depois de praticado furto de 34 cabeças de gado no município de Mara Rosa.

Segundo o pecuarista furtado, que prefere não ser identificado, a ação da polícia foi muito rápida. De acordo com o produtor essa foi a quarta vez que sua propriedade foi atacada. O curral fica próximo à BR entre Mara Rosa e Estrela do Norte. Na primeira vez, há 10 anos, ele teve prejuízo de R$ 150 mil reais. Na segunda, um ano depois, os ladrões estavam com o gado fechado na madrugada prontos para embarcar quando ele acionou a PM que conseguiu evitar o roubo. Nesta vez, o grupo fugiu e não foi preso. Na terceira, em 2014, a polícia conseguiu interceptar a carreta com as 250 cabeças da fazenda na estrada. E, da última, após o acionamento, a Delegacia conseguiu em dois dias recuperar 32 novilhas que já estavam em Trindade. Os policiais prenderam o caminhão, o motorista e o interceptador (comprador), evitando um prejuízo estimado em R$ 120 mil reais, além de tirar de circulação uma quadrilha especializada neste tipo de roubo.

Segundo o delegado, na ocasião das prisões também foram aprendidos com os criminosos um caminhão boiadeiro, uma arma de fogo e valores em espécie. As investigações prosseguem e os infratores foram encaminhados ao Poder Judiciário.

Na opinião do produtor a agilidade da polícia em prender e recuperar o gado surpreendeu os pecuaristas da região. O grupo também ficou surpreso com a crueldade da quadrilha para com os animais abandonados na estrada (mortos por não caberem no caminhão lotado). O pecuarista afirma que também é nítido que a aproximação entre produtores e forças policiais garante mais segurança para quem produz alimento e mais qualidade de vida aos goianos que vivem no campo.

De acordo com o presidente do Sistema Faeg Senar, Zé Mário Schreiner, o setor está orgulhoso pelo trabalho que está sendo desenvolvido pela polícia goiana, especialmente pelos militares do Batalhão Rural. "Se fizermos um breve relato dos dois últimos anos mostrando o que a segurança pública tem feito pelo agro é algo inimaginável, especialmente, a Polícia Militar, a Civil, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Ambiental. Enfim, é um avanço muito grande", finalizou.

Dicas Importantes

1) Sempre que possível, manter alguém na sede da propriedade;

2) Caso não exista sede ou sendo apenas aluguel da área, visitar o local diariamente;

3) Anotar todos os empregados e demais pessoas residentes na propriedade;

4) Observar as movimentações de GTAS (Guia de Trânsito de Animal) na Agrodefesa;

5) Contar o Rebanho Regularmente;

6) Colocar chip para rastreamento nas máquinas e implementos agrícolas;

7) Colocar câmeras e demais equipamentos de segurança;

8) Não manter a mesma rotina de horários e percursos;

9) Verificar constantemente cercas e passagens;

10) Sempre marcar o rebanho, facilitando a identificação;

11) Cuidado com pessoas estranhas que cheguem à propriedade;

12) Contato diário com vaqueiro ou caseiro da propriedade;

13) Estabelecimento de uma rede contatos interligados, via aplicativos ou telefone;

14) Não vender/entregar qualquer produto para desconhecido através de cheques;

15) Cachorros ajudam na vigilância;

16) Não expor armas nem em fotos ao público visitante;

17) Não pagar trabalhadores com dinheiro em espécie;

18) Não guardar valores na propriedade;

19) Não estocar grande quantidade de insumos agrícolas na propriedade;

20) Evitar contar detalhes da propriedade à pessoas desconhecidas.

Foto: Fredox Carvalho

Comunicação Sistema Faeg/Senar





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