Divulgado hoje pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, utilizado para medir a inflação, ficou 0,43 p.p. acima do mês de junho, resultando em um aumento de 0,96% para julho. Este é maior resultado para um mês de julho desde 2002 (1,19%). No ano, o índice acumula alta de 4,76% e, em 12 meses, de 8,99%. No mesmo mês de 2020, a variação havia sido de 0,36%.
Dos nove grupos que compõem a cesta de bens do índice, apenas Saúde e Cuidados Pessoais registraram queda dos preços (-0,65%) – resultado referente ao reajuste de -8,19% nos planos de saúde, sendo a maior contribuição para a inflação advinda do grupo de Habitação, que registrou alta de 3,1%. A segunda maior alta ocorreu no grupo Transportes, que subiu 1,52% em julho.
Dos itens que compõem o grupo de Habitação, o maior impacto (0,35 p.p.) veio da energia elétrica (7,88%), cujos preços já haviam registrado alta em junho (1,95%). Com o período de seca e com o nível dos reservatórios reduzido, a bandeira tarifária vermelha entrou em vigor em junho e sofreu um reajuste de 52% em julho, que passou a cobrar R$ 9,492 a cada 100 kWh consumidos. Antes, o acréscimo era de R$ 6,243. Os altos preços registrados no botijão de gás (4,17%) e no gás encanado (0,48%) também contribuíram para a alta do índice.
Já o resultado de Alimentação e bebidas, grupo concernente ao agro, subiu (0,60%). As principais influências foram o tomate (18,65%), o frango em pedaços (4,28%), o leite longa vida (3,71%) e as carnes (0,77%). No lado das quedas tivemos a cebola (-13,51%), a batata-inglesa (-12,03%) e o arroz (-2,35) que registraram preços menores em julho.
Comunicação Sistema Faeg/Ifag