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Presidente da Faeg é 2º mais influente na política em Goiás

jose-mario-schreiner--politico-da-agricultura-e-pecuariaFilho de pequenos produtores rurais, José Mário Schreiner é conhecido no meio agropecuário como a liderança que deu outra cara para a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), na presidência, e para a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), onde é vice-presidente de finanças. Produtor rural nas áreas de grãos, algodão e pecuária de corte em Perolândia, Portelândia e Mineiros, é formado em técnico agropecuário pela Universidade Federal de Santa Catarina. Preside, ainda, o Conselho Administrativo do Senador Goiás.

O conhecimento técnico somado a sua sabedoria adquirada na prática fazem com que o trabalho desenvolvido frente as entidades agropecuárias tenha destaque no cenário goiano. Fruto da sua dedicação e competência, Schreiner é destaque no prêmio Mais Influentes da Política em Goiás 2014, na categoria Político da Agricultura e Pecuária. “Sinto-me extremamente honrado por este reconhecimento, mas compartilho esta condição com todos os produtores rurais e trabalhadores rurais do Estado de Goiás, que tanto trabalham e produzem, trazendo resultados sócioeconômicos impressionantes e altamente significativos para a nossa sociedade”, comemora.

De acordo com José Mário, a atividade agropecuária de Goiás tem ocupado um papel de vanguarda no país

Segundo ele, à frente da Federação procura exercer a missão político-institucional de representatividade, bem como, dotar todos os agentes deste setor de competências técnicas e gerenciais em suas atividades. “Demos forte ênfase em programas que visam preencher os vazios sociais que ainda estão presentes no campo. Como é o caso da saúde, que infelizmente alcança até onde chega o asfalto, e olhe que com muitas fragilidades ainda”, alerta Schreiner.

Ao assumir a presidência da Federação em 2008, focou o trabalho na ampliação da representação política do segmento agropecuário em Goiás, estimulando o surgimento de novas lideranças. Passou a privilegiar programas de formação, capacitação e qualificação de produtores e trabalhadores rurais, ações de assistência técnica às famílias do campo e deu à atuação da Faeg um forte viés social. “Todo o nosso esforço está voltado à qualidade de vida das pessoas que trabalham e dependem do campo. Isto certamente vai além do nosso setor, pois temos consciência de nosso papel na produção de alimentos e de agroenergia para toda a população goiana, brasileira, e para os povos que importam nossos produtos”, avalia.

Progresso multidimensional

Segundo ele, a Federação tem atuado em todas as dimensões do desenvolvimento, ou seja, do desenvolvimento humano, social, ambiental, econômico, mercadológico, tecnológico, infraestrutural, político, institucional, cultural e parcerias. “O trabalho da Faeg e do Senar, conjuntamente com os Sindicatos Rurais em Goiás tem se intensificado à cada dia. Oferecemos 126 cursos e treinamentos, em múltiplas áreas de demanda do setor e da sociedade”, conta.

“Estruturamos 24 programas especiais voltados para a responsabilidade social – saúde, educação, pessoas com necessidades especiais, jovens, inclusão digital e meio ambiente – ainda nas áreas de gerenciamento de propriedades rurais, comercialização e ações de fortalecimento do sistema sindical rural em Goiás”, detalha Schreiner, que ressalta, ainda, que a posição de liderança frente ao segmento agropecuário exige tanto uma atuação pragmática voltada às questões econômicas, tributárias e infraestruturais, quanto a sensibilidade social e política voltada ao cuidado com as pessoas.

Atuação

José Mário possui uma longa trajetória frente a entidades ligadas ao setor agropecuário em Goiás. Iniciou sua trajetória de representação do segmento ao integrar a diretoria do Sindicato Rural de Mineiros. Foi vice-presidente da Cooperativa Mista Agropecuária do Vale do Araguaia (COMIVA) e presidente da Associação dos Produtores de Grãos de Mineiros (APGM).

Demos forte ênfase em programas que visam preencher os vazios sociais que ainda estão presentes no campo. Como é o caso da saúde, que infelizmente alcança até onde chega o asfalto, e olhe que com muitas fragilidades aindaNo período de 2002 a 2006, assumiu a Secretaria Estadual de Agricultura Pecuária e Abastecimento. Em 2007 chegou à presidência da Agência Goiana de Desenvolvimento Rural (Agenciarural), atual Emater. Desde 2001, faz parte da diretoria executiva da Faeg. Assumiu a presidência da entidade em 2008.

Agricultura e Pecuária em Goiás

De acordo com José Mário, a atividade agropecuária de Goiás tem ocupado um papel de vanguarda no país. “Vem sempre superando nossas expectativas em relação aos índices econômicos de produção e exportação, principalmente”, frisa.

Para ilustrar a afirmativa, ele conta que a Renda Bruta Agropecuária em 2013, ou seja, tudo o que foi produzido dentro das propriedades rurais e comercializado somam 31,6 bilhões de reais. Os produtos agropecuários representam 90% do total das exportações goianas, com 5,9 bilhões de reais. “Veja como os números são expressivos. Colhemos em 2013, 18,86 milhões de toneladas de grãos em 4,7 milhões de hectares. E podemos afirmar que vamos fazer muito mais”, afirma o produtor.

Segundo ele, a tecnologia e a gestão na agricultura e pecuária vêm se aperfeiçoando cada dia mais, o que corresponde a produzir sempre mais na mesma área. “Mas, o que nos deixa extremamente preocupados é que os custos de produção em 2013 aumentaram em torno de 20%, ou seja, em torno de cinco vezes mais que o aumento médio da produção nos últimos anos. Produzimos cada vez mais, mas continuamos tendo dificuldades com a renda líquida. É uma luta constante”, argumenta.

O grande desafio, segundo Schreiner, é fazer com que o produtor rural possa desfrutar de todo este crescimento gerado por ele mesmo. De forma geral, analisa, o produtor tem ficado com uma fatia muito pequena de toda a renda produzida nas cadeias produtivas. “Certamente temos outras dificuldades a enfrentar em 2014, como o aumento das taxas de juros; inflação em alta constante; crescimento pífio do PIB da economia brasileira; problemas fitossanitários; armazenagem insuficiente; infraestrutura portuária e logística deficiente. Além, obviamente das questões sociais. Enfim, nosso lema para 2014 é prudência e percepção” pondera.

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