O negócio evoluiu depois do curso de avicultura e do acompanhamento da Assistência Técnica e Gerencial do Senar Goiás ( ATeG)
Na propriedade de Aparecida e Benedito, em Cocalzinho de Goiás, a avicultura se tornou a principal atividade. Antes, as galinhas eram criadas apenas de forma tradicional, mas no ano passado o casal decidiu transformar a produção em negócio. Para isso, foi necessário ampliar o número de pintainhas e buscar conhecimento para dar os primeiros passos.
Segundo Aparecida, a decisão veio após a aposentadoria. Eu precisava de uma atividade na fazenda e comecei a trabalhar com as aves. Só que eu estava sem orientação. Foi então que pedi ajuda no Sindicato Rural, que encaminhou o Senar Goiás para ajudar. Então, eu fiz o curso da avicultura e vi que, sem a gente ter um manejo, sem um conhecimento, não adiantava muito mexer.”
O curso trouxe novas ideias e abriu caminho para a chegada da Assistência Técnica do Senar Goiás. “Então eu fui atrás do conhecimento, depois eu fui atrás da assistência técnica, porque a Kariny traz várias orientações, desde a produção, do gasto, quanto que eu tenho de lucro, o que fazer para melhorar. Então o conhecimento é a base do negócio.”
Para adaptar a propriedade, seu Benedito colocou a mão na obra e construiu as estruturas necessárias. “Minha mulher fez o curso, né, mas aí eu ajudei, encarei junto: vamos fazer? Vamos! Peguemos, fizemos um galpão, porque nós procuramos alguém para fazer, mas não estávamos conseguindo. E tinha uma data marcada, né? Pra nossa técnica que é muito gente boa, né? Cuida muito bem das coisas pra nós aqui também, né?”
Os galinheiros foram erguidos de forma sustentável, com ninhos feitos de galões reutilizados e piquetes adaptados para melhorar o bem-estar das aves. Hoje, cada ciclo chega a ultrapassar 100 frangos, tanto de corte quanto de postura, das linhagens Paraíso Pedrês, GLC e Embrapa 051. A primeira foi escolhida para a produção de carne.
A técnica responsável explica que quatro pontos são fundamentais para evitar perdas: genética, instalações, manejo e sanidade. “Todas as aves aqui seguem um calendário de vacinação, de vermifugação, tudo dentro das recomendações. A instalação também, eles esperaram a assistência técnica para poder construir no sentido correto, sempre no sentido leste-oeste, com o sistema de cortina, com o pé direito, a ventilação necessária. A criação atual de corte escolhida foi Paraíso Pedrês, que foi mais eficiente aqui para eles. E a genética para a postura, a gente tem a Embrapa 051 e a GLC. Em questão à alimentação, também tem todo um controle: elas recebem ração balanceada, as aves de postura, a ração de postura, os outros de crescimento. E à medida que esses animais vão crescendo, a gente oferece milho para poder manter uma rigidez, uma pigmentação na carne desses animais.”
Com essa evolução, dona Aparecida passou a comercializar frangos embalados com rótulo próprio desde novembro. “Organizar no meio da semana pra me entregar no final e dosar o meu lote de frango pra me não deixar faltar nem uma semana sem, mas também não acabar com meu lote muito rápido.”
A técnica acrescenta sobre a importância da correta identificação do produto.: “Aqui a gente já tem o rótulo pra aquela venda da Dona Cida que é basicamente em feira, de pra pessoa já chegar, já fazer uma identidade visual com o produto dela, já saber que é de qualidade e fazer propaganda de forma natural.”
A carne chega as feiras e mercados da região, com garantia de origem e qualidade. Além disso, o casal também vende ovos. Para dona Aparecida, a trajetória é prova de que conhecimento e dedicação fazem diferença: “Quando a gente vai atrás do conhecimento e tem persistência e perseverança, a gente chega", conclui.
Comunicação Sistema Faeg/Senar