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Produtores investem em cultivo de orgânicos e apostam em agrofloresta como alternativa de melhor aproveitamento da propriedade

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Todo mato que é retirado fica amontoado e à medida que vai murchando é revirado, até se tornar parte de um adubo natural. Tem ainda húmus de minhoca e esterco de galinha. É assim que cada canteiro é fertilizado para a produção de verduras, frutas e legumes.

Mas o grande diferencial da Unidade de Produção Agroecológica Colmeia (UPAC), que fica no município de Palmeiras de Goiás, é a integração de várias espécies na propriedade de 10 hectares. Parte dela é composta por uma mata de cerrado que está sendo refeita com árvores nativas, juntamente com o plantio de outras comuns nos pomares.

E assim se tem o Café perto do pé de Pequi, o Açaí vizinho do Angico, e segue a mesma regra o Jenipapo, Bananeira e o Cupuaçu. Quase todas espécies são de troncos altos, mas plantadas de uma maneira que a sombra de uma não atrapalhe a luz do sol para ambas. Quem cuida da horta e da área de agroflorestal é o Waldir Barbosa.

“Eu e meu amigo, quase xará, José Valdir, montamos esse projeto em sociedade. O conceito de agrofloresta é muito interessante porque você consegue fazer uma produção com menos interferência de pragas. Por exemplo: a praga que ataca a bananeira não ataca o café e assim segue com as outras espécies”, explica.

No pomar de mamões, muito doces e sem sementes, o terreno é corrigido com uma planta chamada Crotalaria, ela é cortada e colocada no solo. Ajuda na fixação do nitrogênio e fósforo. De forma orgânica, pelo menos meia tonelada de alimentos é colhida toda semana.

Cestas com uma média de 15 itens diferentes são montadas e entregues para uma cartela de clientes que pagam uma mensalidade para receber as verduras, frutas e hortaliças frescas semanalmente. É a chamada CSA: Comunidade que Sustenta a Agricultura.

“É um formato de troca do preço pelo apreço. As pessoas pagam uma mensalidade e a gente entrega a cesta com os alimentos de colheita da época. Ainda entregamos outra parte, nos fins de semana, na feira da UFG e outras de produtos orgânicos ”, conta Waldir Barbosa.

A ideia na comunidade agroecologia é divulgar que uma agricultura sustentável pode dar lucro, com menos gastos com químicos e conscientizando outras pessoas que esse tipo de manejo pode alcançar uma boa produção. É nesse contexto que o Senar Goiás, através do grupo de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), em horticultura, montado no Sindicato Rural de Palmeiras de Goiás, vem auxiliando no crescimento da área de cultivo na propriedade.

“Quando eu comecei não existia uma escala de produção. A primeira coisa que fizemos foi organizar isso. Em seguida passamos a fazer o gerenciamento do negócio porque eles vendiam e não sabiam o que era despesa ou receita. O Senar Goiás quando começa a trabalhar numa propriedade, ele busca diagnosticar o que o produtor tem disponível para a gente fazer o planejamento das estratégias de melhoria”, relembra o técnico de campo, Sidarta Oliveira.

O acompanhamento do Senar Goiás também estimulou a produção agroecológica. “Aqui é um caso de sucesso porque se consegue produzir orgânicos com altíssima qualidade. São todos muito graúdos e suculentos, sem nada de químicos e numa escala maior do que a gente imaginava. E agora estamos vendo o consórcio de frutíferas com as árvores nativas do cerrado seguindo o mesmo caminho. Aqui o acompanhamento do Senar Goiás pode ser descrito em cuidar, preservar a natureza e potencializar a produção de alimentos”, reforça o técnico de campo.

A propriedade também é considerada um laboratório para quem quiser conhecer ou ajudar a potencializar o modo de produção orgânica e agroflorestal.

“Aqui nós estamos em um lugar que chamamos de laboratório a céu aberto e é um lugar de acolhimento e nós recebemos todas as iniciativas que venham para fortalecer essa concepção de que nós temos de campo e de agricultura. E nessa construção, o Senar Goiás veio se somar a esse projeto. Melhorou a produtividade e nos ajuda muito na parte gerencial. Muitos produtores ainda não se preocupam com isso. As duas coisas precisam andar juntas para se ver os ganhos na ´propriedade”, afirma José Valdir.

Com o acompanhamento do Senar Goiás, também foi possível inserir 35 variedades na área reservada para a agrofloresta. O modelo de agricultura despertou o interesse de uma comitiva da África do Sul, que visitou a propriedade só para importar as técnicas.

“Além de nos ajudar a produzir diversas variedades de alimento com qualidade no mesmo espaço, o Senar também está nos ajudando a virar referência. Nos mostrou ainda novas formas de comercializar, outras linhas de venda dos nossos produtos. Acreditamos que estamos diante de um grande terreno fértil, depende de nós fazer o cultivo correto”, conclui, Waldir Barbosa.

Para participar de um grupo de ATeG Senar Mais Horticultura, procure um dos mais de 120 Sindicatos Rurais de Goiás.

Comunicação Sistema Faeg/Senar/Ifag

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