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Produzindo duas vezes mais, fazenda recebe 9º Dia de Campo

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Presidente da Faeg destaca crescimento do setor agropecuário. Foto: Larissa MeloRodolfo Cardoso
No último sábado (3) foi realizado o 9º Dia de Campo – Goiás Mais Leite, desta vez na cidade de Rubiataba, localizada no Vale do São Patrício. O evento aconteceu no Centro Cívico da cidade e contou com a presença do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e do Conselho Administrativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), José Mário Shreiner, que fez questão de destacar a mudança de vida pela qual passou José Roberto Dias, dono da propriedade que recebeu a iniciativa. "Em agosto de 2012 ele produzia 147 litros de leite/dia. Hoje produz cerca de 450 litros/dia. Nós participamos dessa mudança. São histórias como essa que me fazem continuar trabalhando em prol da agropecuária com tanto zelo", disse Schreiner.

Além de José Mário, presidentes de vários Sindicatos Rurais (SRs) e centenas de produtores rurais do estado, foram conferir a história de José Roberto, além de acompanhar palestras sobre as técnicas adotadas no Programa Goiás Mais Leite - metodologia do Balde Cheio. Shreiner também fez questão de destacar o avanço e o crescimento que o setor do agronegócio. “Hoje nós temos dois Brasis em curso, mas um precisa ser destacado: o Brasil que dá certo, pujante, do progresso, da produção de leite, soja, milho e frango. Um Brasil que exporta para mais de 200 países, além de abastecer a população brasileira. Nosso setor é o que mais tem evoluído nos últimos anos. Antes uma vaca produzia 2 litros de leite, e hoje estamos com a média de quase oito vezes mais. Antes se produzia 150 sacas de milho por alqueire e hoje, produzimos mil. Tudo graças à inovação tecnológica e principalmente ao homem do campo. Por isso que o Sistema Faeg Senar tem dado apoio aos produtores, principalmente o de menor porte, para que ele possa crescer e com isso desenvolver gerando renda e emprego”, disse.

Metodologia Balde Cheio

Sobre essa contribuição da tecnologia para o setor, o coordenador do programa, Marcos Henrique Teixeira, aproveitou para explicar que o intuito da técnica Balde Cheio é promover o desenvolvimento da pecuária leiteira em Goiás, utilizando como principal ferramenta, a transferência de tecnologia para técnicos de campo dos serviços de extensão rural e de entidades públicas e privadas, que servirão como multiplicadores desse conhecimento. “Os produtores ouvem falar do programa na televisão, rádio, jornais e se interessam. Assim que eles nos procuram é feita uma parceria entre nós [Faeg – Senar Goiás] e um pessoa física ou jurídica do município como, por exemplo, o Sindicato Rural ou a prefeitura, que podem custear um desses técnicos locais". Ele completa destacando a importância dessas parcerias. "Se o prefeito pensa em investir em um técnico local, a cidade dele terá aumento no faturamento, pois, as propriedades leiteiras da região começam a produzir mais e o Produto Interno Bruto (PIB) da região também cresce”, completa.

O produtor de leite Domerviro Vilela Bueno, de Mozarlândia, destacou a importância do Programa Goiás Mais Leite para o crescimento dos pequenos e médios agricultores e garantiu que irá repassar aos seus companheiros mozarlandenses, todo o conhecimento que adquiriu no Dia de Campo. “Eu quero levar esse conhecimento que aprendi hoje, para nossa cidade de Mozarlândia. A gente está aqui em Rubiataba com grande orgulho, pois nós queremos nos desenvolver e ajudar outros produtores mozarlandenses a se desenvolverem também. Precisamos melhorar a produção leiteira em nossa região. É preciso agregar valor em nosso produto como. Esse é o caminho para que os pequenos e médios produtores se destaquem na atividade leiteira”, relatou o produtor.

O produtor assistido pelo Programa também falou sobre os ótimos resultados que tem obtido com as orientações técnicas e acompanhamento do Goiás Mais Leite – Metodologia Balde Cheio. “O Programa é muito interessante, pois não exige um grande investimento do produtor. O técnico chega em sua propriedade e faz um trabalho com aquilo que você tem de recurso. O programa só tem me ajudado. Por exemplo, hoje eu destaco o fato de eu poder custear a faculdade da minha filha, com a atividade leiteira. Antes ela me ajudava a tirar leite. A gente procura sempre cumprir aquele combinado com o técnico que nos dá a assistência técnica. Minha renda melhorou, e muito. A partir do momento que você produz um leite com menor custo você economiza. Começa a ver a necessidade de se investir em mão de obra e mais animais”, disse José Roberto.

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