Murillo Soares
A Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) comemora a reabertura da Hidrovia Tietê Paraná, que deve voltar ao seu funcionamento em fevereiro. A decisão foi feita pelo Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH) nesta quinta-feira (21), depois que a bacia bateu sua maior cheia desde 1983, graças às volumosas chuvas de janeiro, que supriram as necessidades para a navegação segura das balsas. A confirmação da reutilização deste meio de transporte só virá caso uma grande quantidade de água continuar a cair dos céus.
José Mário Schreiner, presidente da Federação, está otimista em relação a este assunto. “Acredito que 6 milhões de toneladas poderão sair das estradas e entrar na hidrovia, o que trará benefícios para Goiás”, diz. Segundo o assessor técnico da Faeg, Pedro Arantes, a hidrovia abastece o estado e as regiões com as quais ele faz fronteira. “O caminho ainda alimenta uma parte do Mato Grosso do Sul e, principalmente, o sudoeste do estado”, explica. Além disso, também desafoga o trânsito das estradas.
Impasses
A hidrovia estava fechada desde maio de 2014 devido aos baixos níveis de água. “Houve uma discussão entre o estado e os produtores. Aqueles que navegavam afirmaram que a suspensão não era necessária. A Agência Nacional de Águas (ANA) optou por priorizar as usinas de energia elétrica”, explica Pedro. Algumas alternativas também foram sugeridas, como a remoção de pedras ou abertura das comportas das hidrelétricas.