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Representação político classista é destaque em Doverlândia

corte doverlandia Larissa Melo 39Murillo Soares

Dando segmento à rodada de seminários voltados para os pecuaristas goianos, a equipe dos Encontros de Pecuária de Corte passou pelo município de Doverlândia, oeste do estado, na última quinta-feira (10). “Os Encontros de Pecuária de Corte vêm para informar o produtor”, afirmou Flávio Costa, presidente do Sindicato Rural (SR) do município. “Uma palestra como esta nos ajuda a saber o que vai acontecer, ter uma melhor perspectiva de mercado e saber o que esperar do nosso segmento”, continuou.

Desta vez, assim como em Palmeiras de Goiás, o palestrante foi o consultor de mercado, Gustavo Figueiredo, que levou aos produtores tópicos que permeiam as mais recentes discussões do mercado de pecuária de corte no Brasil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 262.600 cabeças de gado na região, o que a torna um dos polos goianos do setor.

corte doverlandia Larissa Melo 56A palestra aconteceu em um momento delicado para o governo do país, o que fez com que a conversa tivesse um tom mais político e a representatividade pública do setor tomasse alguns minutos a mais que o mercado econômico. O presidente do Sindicato Rural elogiou a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) pelo seu trabalho, protegendo os interesses dos produtores. “O presidente, José Mário Schreiner, é uma pessoa que realmente veste a camisa da agropecuária, assim como a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Kátia Abreu”, comentou.

Gustavo Figueiredo também elogiou os trabalhos do Ministério e da Faeg, citando os Encontros de Pecuária de Corte como primordiais para a troca de informações. “Levar conhecimento e respaldo a todo o estado é um trabalho árduo”, reconheceu. Ao citar a Kátia Abreu, o palestrante lembrou-se de seu empenho em abrir mercados que há muito estavam fechados para o Brasil, como a China e o Oriente Médio.

Em 2015, a ministra viajou a diversos países, conversando com diplomatas e negociando a exportação da carne brasileira. “Sem a exportação, hoje, no mercado de pleno desemprego em que vivemos, talvez a pecuária não estivesse em um momento tão oportuno de arrobas altas quanto estamos hoje”, explicou Figueiredo.

Maurício Velloso, presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Faeg, também elogiou o trabalho da ministra e reconheceu sua importância para o mercado de carne brasileiro. “Ela fez um esforço pessoal”, afirmou. Segundo ele, o Brasil perdeu países que compravam muito como a Rússia, Venezuela e Hong Kong. “Esperávamos que a exportação subisse 15% no início de 2015, mas começamos o ano com um decréscimo de 30%”, explicou. A situação, porém, foi revertida.

corte doverlandia Larissa Melo 18Custos

De acordo com Gustavo Figueiredo, toda e qualquer decisão que se toma no Palácio do Planalto reflete nos produtores. “No momento, há uma inconstância política afetando diretamente a economia, principalmente no sobe e desce do dólar, interferindo no custo de produção agrícola”, disse.

O alto custo, segundo o presidente do SR de Doverlândia, é uma das principais dificuldades dos pecuaristas do município, fato confirmado por Figueiredo, que afirma que esta é uma dificuldade de todo o país. “Temos três variáveis: o custo alto para produção, o dólar elevado e não saber o que vai acontecer”, sublinhou o palestrante.

Segundo ele, o pecuarista deve ser eficiente em sua propriedade para driblar estes gargalos. “Temos de usar a tecnologia que está à nossa disposição, fazer compras bem feitas e analisar as tendências de mercado para saber se é ou não a hora certa de comprar”, explicou. “Há várias ferramentas que estão à nossa disposição, que devemos usar para estudar os preços futuros, dando viabilidade ou não às produções”, concluiu.

corte doverlandia Larissa Melo 77Recepção

Produtor de Doverlândia, o sr Omar Machado de Souza – cuja trajetória como pecuarista já dura 40 anos – acompanhado da esposa, Eliane Hanun Machado, participou do encontro que aconteceu no município. Segundo ele, a palestra abriu seus olhos de modo a buscar melhorias para sua fazenda, que tem cerca de 4 mil cabeças de gado. “Vou tirar muito proveito do que foi falado aqui”, contou.

Dentre os vários pontos trabalhados, sr. Omar deu uma atenção especial às questões que permeiam o preço do bezerro – em relação ao boi gordo – e a o que os pecuaristas podem fazer para minimizar essa diferença. “Também observar bem o mercado e a bolsa para, através dessas informações, ter menos prejuízos”, disse. “Isso vai me ajudar a vencer a dificuldade em administrar”, continuou.

Proposta

A Faeg realiza os Encontros Regionais de Pecuária de Corte porque entende que, cada vez mais, a profissionalização do produtor deve chegar à comercialização dos produtos da agropecuária. Isso transmite eficiência e busca oferecer garantias à cadeia produtiva. Para a pecuária de corte, a Federação realiza ainda o Programa Pesebem, que acompanha o abate e garante a pesagem correta dos animais.

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