Safra de café recua e previsão é de 45,5 milhões de sacas

producao cafeA Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou nesta quinta-feira (18), no segundo levantamento da atual safra, que o volume de café produzido no país, na safra 2017, deve ser de 45,5 milhões de sacas de 60 quilos do produto beneficiado, com uma redução de 11,3% quando comparado às 51,4 milhões de sacas de 2016. Os números, que representam o somatório das espécies arábica e conilon.

De acordo com o levantamento, o café arábica, 78% do total produzido no país, deve recuar 18,3%, estimando-se que sejam colhidas 35,4 milhões sacas. O ciclo de bienalidade negativa do grão é responsável pelo resultado, apesar das boas condições climáticas nas principais zonas de produção de Minas Gerais - maior produtor nacional, com 25,4 milhões de sacas.

Por outro lado, o conilon, que responde por 22% do total produzido, deve registrar crescimento de 26,9% frente ao ciclo anterior, com uma produção estimada de 10,1 milhões de sacas. A elevação se deve à recuperação da produtividade nos estados do Espírito Santo, da Bahia e de Rondônia, em razão da maior utilização de tecnologia do café clonal, de mais investimentos nas lavouras e das boas condições climáticas.

Segundo o consultor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Pedro Arantes, a redução é previsível, com exceção do conilon, que apresenta crescimento de produção em função das condições climáticas, fugindo a bienalidade da cultura. Em Goiás, devido ao fator climático, a produção não será afetada. “Devido ao fator climático e ao percentual expressivo de área irrigada no Estado teremos uma perda menor quando comparada com o restante do País”, sinaliza Pedro.

Já a produtividade média prevista para as duas espécies deve recuar 7,5%, estimada em 24,35 sacas por hectare. O arábica, que mais sofre a influência do ciclo de bienalidade negativa, deve ter produtividade de 24,07 sacas por hectare e o conilon, de 25,41.

Área – A expectativa é de queda de 0,5% na área total cultivada, devendo ficar em 2,2 milhões de hectares (341,4 mil hectares em formação e 1,9 milhão de hectares em produção). Há previsão de queda de 4,1% na área em produção por ser um ano de bienalidade negativa para o café arábica, onde parte da área é manejada. Problemas climáticos pontuais para o café conilon, como seca e má distribuição de chuvas nos três últimos anos no Espírito Santo (maior produtor da espécie no país), também contribuíram para a redução na área em produção.

Fonte: Conab, com informações da Faeg
Foto: Faeg

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