A produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve fechar 2019 com um crescimento de 5,9% em relação ao ano anterior. De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado em agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país deve ter uma safra recorde de 239,8 milhões de toneladas neste ano, ou seja, 13,3 milhões a mais do que em 2018.
No levantamento anterior, realizado em julho, a estimativa era um pouco menor, de 239,7 milhões de toneladas, ou 5,8% a mais do que no ano anterior. De acordo com o IBGE, a alta de 5,9% deve ser puxada pela produção de milho, que deve crescer 21,5% em relação ao ano anterior. As outras duas grandes lavouras de grãos devem ter queda: soja (-3,9%) e arroz (-12,7%).
Entre as outras lavouras de grãos em que se estima produção acima de 1 milhão de toneladas, deverão fechar o ano com alta o algodão (32,4%), o sorgo (13,9%) e o trigo (9,5%). O feijão, por outro lado, deve ter queda de 1,1% no ano.
Outros produtos
O LSPA também estima a produção de outros produtos agrícolas importantes. A maior lavoura do país, a de cana-de-açúcar, deve ter queda de 1,4%. Também são esperados recuos nas produções de café (-13%), laranja (-1%), tomate (-4,3%) e uva (-10,5%). Por outro lado, são esperados avanços nas produções de banana (3,8%), batata-inglesa (0,8%) e mandioca (4,1%).
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Segue análise técnica entre os meses de agosto e setembro de 2019
Fonte Ifag
Análise técnica dos dados de Setembro de 2019
Fonte: Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás ( Ifag)
• De acordo com a Conab, o Brasil semeou uma área de 63,2 milhões de hectares na safra 2018/19, uma área 2,4% maior que na safra anterior. Colheu 242,2 milhões de toneladas, um acréscimo de 6,4% em relação à safra 2017/18;
• Em Goiás, a safra de grãos chegou a 24,5 milhões de toneladas, crescimento de 15,6% em relação à safra 2017/18, em termos de área, o crescimento foi de 6,7% chegando a 5,6 milhões de hectares;
• Da mesma forma que foi relatado pelo IBGE, a soja continua sendo a principal cultura de cereais, fibras e oleaginosas do país na safra 18/19, com uma produção de 115 milhões de toneladas, 3,5% menor que a safra passada, mesmo com um crescimento de área de 2,1%. Tais fatos mostram uma quebra de safra em torno de 5,6% devido uma forte estiagem no país nos meses de dezembro de 2018 e janeiro de 2019;
• Em Goiás, a oleaginosa também é o principal destaque, com 11,4 milhões de toneladas, em uma área de 3,5 milhões de toneladas, redução de 3,6% e crescimento de 2,1%, respectivamente. Da mesma forma que nos números nacionais, em números absolutos, a quebra da safra de soja no Estado chegou a 5,7%.
• O arroz foi o destaque negativo na safra nacional, assim como apontou o IBGE. Porém de acordo com a Conab, a redução percentual foi maior, chegando a 13,4%;
• Para o Goiás, o destaque negativo esteve por conta da safra de feijão, uma vez que o feijão terceira safra registrou uma forte redução de área e, consequentemente, de produção. Este modelo de produção é feito por meio irrigado, assim, frente uma condição econômica desfavorável, os produtores têm optado por outras culturas em detrimento ao feijão irrigado. Em setembro, a Conab corrigiu positivamente a área plantada com feijão terceira safra, em 10%;
• O bom desempenho do milho 2ª safra e do algodão também foi destaque na produção nacional e na produção de Goiás. Ambas culturas registraram crescimento de área plantada e produtividade, o que proporcionou um crescimento da produção cultura.
Análise dos dadas de agosto 2019
• De acordo com o IBGE o Brasil semeou uma área de 62,8 milhões de hectares na safra 2018/19, uma área 3,2% maior que na safra anterior. Colheu 239,6 milhões de toneladas, um acréscimo de 5,8% em relação à safra 2017/18;
• Em Goiás, a safra de grãos chegou a 24,1 milhões de toneladas, crescimento de 10,5% em relação à safra 2017/18, em termos de área, o crescimento foi de 3,8% chegando a 5,4 milhões de hectares;
• A soja continua sendo a principal cultura de cereais, fibras e oleaginosas do país na safra 18/19, com uma produção de 113,1 milhões de toneladas, -4% menor que a safra passada, mesmo com um crescimento de área de 2,2%. Tais fatos mostram uma quebra de safra em torno de 6% devido uma forte estiagem no país nos meses de dezembro de 2018 e janeiro de 2019.
• Em Goiás, a oleaginosa também é o principal destaque, com 10,7 milhões de toneladas, em uma área de 3,3 milhões de toneladas, redução de 5,1% e crescimento de 1,9%, respectivamente. Da mesma forma, em números absolutos, a quebra da safra de soja no Estado chegou a 7%. No que diz respeito ao relatório anterior, o IBGE corrigiu os números da área plantada de soja, reduzindo em 0,1%, e a produção em 0,3%.
• O destaque negativo na safra 2018/19 esteve por conta do arroz e do feijão. A cultura arrozeira reduziu em produção 13%, fruto de uma redução de área de mais de 11%. A dificuldade climática no plantio e a dificuldade econômica com que passa a cultura foi o principal motivo deste resultado.
• Em Goiás o principal destaque negativo esteve por conta da redução do milho 1ª safra e feijão 1ª safra que, além de sofrerem com a estiagem de dezembro e janeiro, perderam área para soja na produção de verão;
• Na safra nacional os pontos positivos ficaram por conta da safra de milho 2ª safra e algodão, que cresceram em produção 31,5% e 32,4%. As boas condições climáticas e o econômicas para a cultura foram os principais motivadores para este avanço já que foi relatado crescimento de área e produtividade.
• O algodão e o milho 2ª safra foram destaques na safra goiana também, com avanço na produção de 62,2% e 37,9%. No relatório deste mês o IBGE elevou em 5% a produção de milho 2ª safra, confirmando a elevada produtividade do milho safrinha este ano;
• Por fim, dentro do levantamento do IBGE, não podemos deixar de observar os avanços na produção nacional de trigo e sorgo. O sorgo também é destaque na produção de Goiás, uma vez que o estado é o principal produtor do grão.
Fonte: Agencia Brasil e Ifag
Comunicação Sistema/Faeg/Senar