Nesta quinta-feira (10) a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou novo relatório da safra brasileira de grãos. Segundo a entidade, o Brasil deve colher neste ano sua segunda maior safra da história, com produção estimada em 232,6 milhões de toneladas, queda de 2,1% em relação à safra recorde obtida no ciclo 2016/17.
O levantamento de maio também trouxe novos números para a safra goiana, que influenciada pela boa produtividade obtida nos cultivos de verão, projeta uma produção total de 22,11 milhões de toneladas de grãos, maior volume já produzido até o momento. Este montante representa uma evolução de 1,1% em relação à safra anterior, e o resultado é fruto principalmente do crescimento da área plantada, que neste ano atingiu os 5,3 milhões de hectares em Goiás.
A cultura da soja obteve resultado positivo neste ano, tendo registrado a melhor produtividade média já observada no estado – de 3.420 quilos por hectare (ou 57 sacas por hectare). Além disso a área plantada com a oleaginosa teve um crescimento de 3,3% em relação à safra passada, o que possibilitou uma produção total de 11,58 milhões de toneladas de soja, resultado recorde e que representa uma alta de 7,1% em relação à safra anterior.
Porém o resultado final desta safra de grãos ainda depende da conclusão do desenvolvimento da safrinha de milho, cultura que vem sofrendo gravemente nas últimas semanas com a falta de chuvas. Até o momento, a Conab aponta uma produção total de 7,38 milhões de toneladas de milho safrinha, o que representa uma queda de 2,4% em relação ao ano passado.
“Este resultado considera uma produtividade média igual a observada na safra anterior, de 6.000 quilos por hectare (ou 100 sacas por hectare). Mas as lavouras de praticamente todo o estado já se encontram em situação de déficit hídrico, em função das altas temperaturas e poucas chuvas ocorridas nos últimos 30 dias, o que já tem gerado perdas de produtividade que ainda se agravar muito caso novas chuvas não ocorram nos próximos dias”, ressalta o analista técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), Cristiano Palavro.
No caso do sorgo, outro produto cultivado na safrinha, a Conab estima uma produção total de 779,3 mil toneladas nesta safra – queda de 3,2% em relação a 2017. Mesmo mais resistente aos efeitos da baixa umidade, as lavouras de sorgo também devem apresentar perda no potencial produtivo em função da falta de chuvas, o que pode reduzir a atual estimativa de produção.
Entre os demais cultivos importantes no estado, destaque para o aumento esperado na produção de algodão em caroço (+26,9%), do feijão (+7,4%), do girassol (+22%) e a queda na produção de arroz (-1,4%) e milho de verão (-17,6%).
Texto: Assessoria de Comunicação do Sistema Faeg Senar
Foto: José Medeiros ed.Globo