“A utilização de um sistema de irrigação em uma cultura agrícola pode oferecer maior garantia ao produtor rural durante a colheita”. A afirmação é do pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Instrumentação, Luis Henrique Bassoi, que abordou nesta sexta-feira, 1º de setembro, a temática ‘Agricultura de Precisão e Irrigação’. A palestra foi conduzida durante o último dia do 2º Seminário de Irrigação de Goiás, que ocorreu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em Goiânia. A realização é da Faeg, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás (Sebrae Goiás).
De acordo com ele, a prática da irrigação pode oferecer uma produtividade bem maior ao produtor rural. “O aumento varia em função do local e época de cultivo, ou seja, da demanda de água pela cultura e da ocorrência ou não de chuvas durante o ciclo”, explica. Durante sua palestra, foram abordadas informações sobre Agricultura de Precisão e Irrigação, formas de utilização de procedimentos e ferramentas de agricultura de precisão para se obter o conhecimento sobre a variabilidade de atributos do solo, da planta e do clima no espaço (área cultivada) e no tempo (ciclo da cultura), e assim fornecer subsídios para a tomada de decisão pelo irrigante quanto a aplicação de água em uma cultura agrícola por um sistema de irrigação.
Troca de experiência
O irrigante e também engenheiro agrônomo, Sérgio Siqueira, veio de Bela Vista de Goiás para participar do seminário. Segundo ele, é importante o aprendizado, já que a troca de conhecimento ajuda a produzir cada vez mais. “Estou neste segmento há 23 anos. É importante aprender como manter a produtividade, conservar a água, a fim de manter a sustentabilidade do meio ambiente. A irrigação irá suprir cada vez mais a questão da segurança alimentar, por isso, necessitamos dela para alimentar o mundo”, comenta.
Sérgio diz que é extremamente necessário falar sobre o cenário da irrigação, abordando seus aspectos de eficiência e sustentabilidade. “Quando falamos de irrigação estamos falando de comida, de vida. Então, temos que nos unir mais, tanto em termos de aprendizado, como manejar a água, saber sobre os mercados e sua comercialização”, ressalta.
Tecnologia e inovação
O engenheiro agrônomo, Cláudio Toledo, diz que esta é segunda vez participa do evento. Ele ressalta a grande evolução do seminário. “Reunimos aqui um público cada vez mais exigente, que tem buscado informações sobre tecnologia, política e sobre todas as áreas que influenciam a produção deste produtor”, destaca. Segundo ele, as discussões do seminário são de extrema importância para o produtor rural. “Seminários como estes fazem com que os produtores demandem suas necessidades, levando informações para adaptá-las às reais necessidades dos produtores no Brasil”, pontua.
Para o engenheiro eletricista e também diretor executivo da MTEC Energia, José Carlos Tormim, que abordou a temática ‘Sistemas de Geração de Energia Fotovoltaica e a sua Regulamentação’ o evento é uma oportunidade de fomentar a geração de energia, reduzindo os custos, além é claro, de oferecer sustentabilidade nos setor agropecuário. “É nosso dever disseminar este conhecimento. Precisamos mostrar que os custos destes empreendimentos não são tão elevados e que o retorno é tido em até cinco anos”, conclui.
Texto: Juliana Barros
Fotos: Larissa Melo