Não é de hoje que muita gente opta por receitas com plantas medicinais para prevenir doenças ou até mesmo curar. Mas para isso dar certo não são recomendadas as consultas de internet ou mesmo fazer chás, infusões, garrafadas e outros compostos por dedução. Para manter a tradição dos remédios caseiros com segurança e a preservação das plantas, principalmente do cerrado, comumente usadas nesses preparos, o Senar Goiás tem dois cursos muito úteis para adeptos dessa cultura.
O treinamento Cultivo Orgânico de Plantas Medicinais ensina a cultivar espécies de plantas medicinais, aromáticas e condimentares, por meio de técnicas de produção orgânica. A duração é de 35 horas. Veja o conteúdo.
Aspectos legais, importância e possibilidades de uso das plantas medicinais
Aspectos legais, importância e possibilidades de uso das plantas medicinais
Planejamento do horto medicinal
Planejamento do horto medicinal
Técnicas propagação de plantas
Técnicas de adubação orgânica
Técnicas de adubação orgânica
Implantação do horto medicinal
Implantação do horto medicinal
Controle de pragas
Colheita, secagem e armazenamento
Comercialização e potencial de exploração de plantas medicinais
Biomas locais e regionais
Técnicas de propagação
Para ver a agenda acesse: https://sistemafaeg.com.br/senar/cursos-e-treinamentos/agricultura/cultivo-organico-de-plantas-medicinais
Já se o objetivo é elaborar formulações fitoterápicas artesanalmente, tem o curso Identificação e Processamento Caseiro de Plantas Medicinais. Nas 32 horas se aprende:
Conceitos fundamentais no manuseio de Plantas Medicinais
Formulações das plantas medicinais, conceitos e indicações
Identificação das plantas medicinais, morfologia e odor
Coleta de plantas medicinais e aproveitamento das propriedades terapêuticas
Secar plantas considerando as boas práticas de manipulação
Preparo de tinturas de plantas medicinais e garrafadas
Preparo de caseiro de xarope e cristais de gengibre
Creme de babosa, preparo de unguento, utilizando gorduras e tinturas medicinais
Preparo de sabonete de plantas medicinais
E para inspirar uma vida mais saudável com o uso das plantas medicinais segue o um conteúdo desenvolvido pela Instrutora do Senar Goiás, Miranildes Garcia.
Conhecido popularmente como Vinagreira, o Hibisco (Hibiscus sabdariffa) é uma planta cultivada no mundo todo, com algumas utilidades: chás, sucos, doces, geleias, picolé, sorvetes, molhos agridoce, pães e para fins ornamentais. Parente do quiabo, os frutos pequenos (quiabinhos vermelhos), podem ser consumidos na culinária como no arroz de cuxá, em saladas, picles, entre outros. É muito usado, ainda, para fins medicinais em forma de chá por infusão, isso porque produz um suco bem colorido e sabor bem agradável. Os cálices secos são mundialmente comercializados para dar cor e sabor a diversos chás, no Brasil chamado de “Chá Silvestre”.
As propriedades nutricionais e terapêuticas da flor do hibisco contêm vitamina do complexo B, (Riboflavina), que auxilia na saúde da pele, ossos e cabelos; vitamina A, importante para a saúde da visão; assim como é rica em vitamina C; em fibras alimentares e mucilagem; sendo, também, diurética, antiespasmódico, hipotensora, com potássio, fósforo e ferro.
As flores de hibisco se destacam pelo aroma agradável e por dar origem ao chá ‘queridinho’ de quem quer levar um estilo de vida saudável. O chá ficou conhecido por quem quer perder peso, devido às suas propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. A bebida é indicada para aquelas pessoas que não abrem mão do bem-estar e da qualidade de vida. Entre as substâncias antioxidantes presentes no chá estão os flavonóides e as antocianinas. O chá de hibisco contribui para que menos gordura fique acumulada na região do abdômen e nos quadris.
Outra indicação é no controle da pressão arterial. Uma pesquisa divulgada no The Journal of Nutrition estudou 65 pessoas com hipertensão que tomaram chá de hibisco ou placebo por seis semanas. Aqueles que consumiram a bebida tiveram uma diminuição significativa na pressão arterial.
Chá e suco de Hibiscus
Indicações: Auxilia na eliminação do inchaço, da gordura corpórea, acelera o metabolismo e ativa e excreção da urina.
Partes usadas: Usa-se todas as partes da planta, desde as folhas e raízes que são emolientes, indicado contra males do estômago.
Indicação Uso: A recomendação dos especialistas é consumir de uma a duas xícaras de 200 ml de chá de hibisco por dia. A melhor forma de preparo é a infusão.
Ingredientes Chá:
200 ml água quente
40 gr de cálice (in natura ou seco)
Deixe repousar entre 5 a 10 minutos e depois coe
Tomar ao longo do dia antes das principais refeições
Ingredientes Suco:
1 copo de 200 ml água gelada
1 medida e ½ da usada para água de cálice in natura
Bata no liquidificador
Tomar ao longo do dia
Orientação:
Mantenha, de preferência, em um recipiente de vidro ou cerâmica, tanto chá como o suco. Se preferir gelado, conserve na geladeira por no máximo seis horas. Porém, o ideal é sempre tomar logo após o preparo, para não perder suas propriedades. O chá ou suco de hibisco não deve ser adoçado com açúcar ou com adoçantes artificiais.
Contra indicação:
O consumo excessivo de chá causa efeitos indesejáveis como dor de cabeça, náuseas, hipotensão, câimbras e problemas relacionados ao fígado. Não é aconselhável o uso por gestantes e lactentes. Não há estudos clínicos sobre o uso da vinagreira para crianças, por isso não recomendado nesta faixa etária.