Laryssa Carvalho
Palco da palestra “Plantar e educar- sustentabilidade e agricultura urbana”, o Augustus Hotel, em Goiânia, recebeu na quarta-feira (25) os professores multiplicadores do programa Agrinho 2015, que voltam para suas cidades e repassam as informações para os profissionais que não puderam vir até a capital. Ministrada pelo instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás (Senar Goiás), Lucimar Andrade, a palestra é uma das diversas que pretendem capacitar os professores do programa Agrinho 2015, que tem como tema deste ano, Saúde, Qualidade de vida e Meio Ambiente.
Durante a palestra, Andrade destacou a importância da preservação ambiental e deu dicas sobre práticas sustentáveis incorporadas em diversas escolas do estado. “Nós temos em várias escolas o método da horta hidropônica, no qual por meio de garrafas pet podemos plantar hortaliças sem degradar o meio ambiente. Para isso basta espumas para fixar as raízes, garrafas plásticas e por fim, um substrato orgânico”, sugere o instrutor.
De acordo com Lucimar, a palestra tem como objetivo nortear os professores participantes sobre o tema que é discutido em nível mundial. “O nosso objetivo aqui é trazer ideias para serem feitas no ambiente escolar, focados na agricultura urbana, de forma que não prejudique o meio ambiente”, expõe.
Desde sua fundação a Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, (Faeg), busca melhorias no âmbito educacional, como destacou o presidente da entidade, José Mário Schreiner, durante a abertura da primeira turma de 2015, realizada na última terça-feira (24). “Estamos cuidando daquilo que o país tem de melhor: nossas crianças. O Agrinho é nosso menino de ouro, porque é por meio de ações como estas que definiremos o que será do Brasil daqui a 10 ou 20 anos. Este é o legado que vamos deixar’’, enfatizou Schreiner.
Para a professora de Alexânia, Nilva Belo, 38, que hoje atua como contadora de histórias para crianças de escolas municipais, o prêmio principal são os frutos colhidos no futuro. “O Agrinho não incentiva apenas os professores, incentiva também os alunos. No final o fruto colhido não é exclusivamente o prêmio e sim a extrema colaboração para a educação”, destacou Nilva.
“O Programa Agrinho é uma vida de mão dupla”. A definição feita pela professora de Alexânia pode ser explicada. Com risos Nilva Belo afirma acreditar que é possível sim, solucionar os problemas educacionais “É um programa completo e interessante no qual todos saem ganhando. É possível acreditar nas melhoria e isso funciona como uma reação em cadeia: o Agrinho nos orienta a exercer um bom papel, o aluno recebe melhores instruções e conhecimentos e quando chega em casa, por exemplo, esse mesmo aluno transmite ideias como a importância do meio ambiente, dicas para economizar água entre outras questões que serão semeadas para a sociedade. “Temos um ganho, do professor, do aluno e da sociedade”, finaliza Belo.
A contadora de histórias não tem receio ao destacar os problemas educacionais existentes no país.Para Nilva, os problemas trocam apenas de localidade, mas ainda continuam os mesmos. “O problema da educação no meu município é o problema da educação em nível nacional, a única mutação é a localidade. Infelizmente, esses problemas hoje são uma realidade brasileira”, pontuou a professora com tom de tristeza. E continuou: “O Agrinho não incentiva apenas os professores, incentiva também os alunos. No final o fruto colhido não é exclusivamente o prêmio e sim a extrema colaboração para a educação”, destacou Nilva.
Sobre o Agrinho
O programa Agrinho tem oito anos de realização e como objetivo envolve crianças da educação infantil e fundamental da Rede Pública em atividade pedagógicas voltadas para temas como cidadania, saúde, esporte, meio ambiente e responsabilidade social. Os prêmios disputados vão de câmeras digitais a um automóvel zero quilômetros, entregues sempre no final de cada ano.
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