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Sistema Faeg Senar comemora resultados de pesquisas do IFAG

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O Agro Record de domingo (02/09), falou da importância da pesquisa para as atividades do Sistema FAEG SENAR. Só no ano passado mais de 300 mil pessoas em Goiás foram beneficiadas por ações de educação, meio ambiente, treinamentos, assistência técnica e cidadania. A entrevista do quadro do Campo a Cidade foi com o Coordenador Técnico do Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás - IFAG, Fernando Borges. Ele destacou que os dados, cotações e estudos sobre o mercado rural divulgados no site http://ifag.org.br/, tem ajudado o planejamento do campo. " Nossa ideia é criar um selo de inteligência para o agronegócio Goiano. Para que o Produtor Rural possa trabalhar da melhor forma possível. Subsidiado por dados e informações da melhor qualidade possível", Afirma.

Acompanhe a entrevista.



Saiba mais sobre o IFAG na matéria da Revista Campo


Inteligência a favor do campo

Nayara Pereira I nayara.pereira@faeg.com.br

Com o avanço da tecnologia, da dinâmica dos mercados e dos instrumentos de comercialização, os produtores rurais se vêm cada vez mais dependentes de dados, informações e estudos ágeis para que possam tomar suas decisões. É a partir de informações confiáveis que quem trabalha no setor agropecuário consegue programar plantio e colheita, adubação, vacinação de animais, venda de produtos, entre outros. Para atender a essa necessidade por dados mais seguros e consistentes é que Faeg, Senar Goiás e Aprosoja Goiás criaram o Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag). Nesta entrevista, o diretor executivo do Ifag, Edson Novaes, fala mais sobre a atuação da instituição, os resultados alcançados em um ano de atuação, metas para os próximos anos, entre outros. Confira!


O Ifag completou um ano de atuação. Que balanço você faz dos trabalhos realizados nesse primeiro ano?

Avaliamos positivamente nossos resultados. Iniciamos nossos trabalhos de forma tímida e ao nos apresentarmos para a comunidade, temos tido gratas surpresas. Primeiramente, junto a outras instituições do setor, que entenderam a proposta e têm nos apoiado efetivamente. Com os produtores rurais, a percepção é de que estão cada vez mais atentos aos produtos que temos disponibilizado, tanto por meio do nosso site, quanto nos grupos de WhatsApp e nos eventos, onde apresentamos os resultados em forma de palestras.


Cite um exemplo de atuação do Ifag, neste primeiro ano, e de que forma isso trouxe melhorias para o agronegócio goiano?

Através de um termo de cooperação com o Senar Goiás, geramos e disponibilizamos dados e informações relevantes para o agro. Esse projeto é exemplo de iniciativa que já vem mostrando resultados de importância estratégica para o agronegócio e demais setores da sociedade, pois gera desde informações diárias de preços de produtos agropecuários, boletins de análise de mercado e custo de produção agropecuária, até notas técnicas sobre assuntos que dizem respeito a toda a sociedade. A presença de mais de 100 pessoas no evento de comemoração do aniversário do Ifag nos deu prova disso de feedback positivo, já que recebemos representantes de instituições com Imea, Senai, Embrapa, UFG, Sebrae Goiás, Emater, Banco do Brasil e ABL, além das instituições fundadoras, como o Sistema Faeg Senar e Aprosoja Goiás.


Como é desenvolvido hoje o trabalho do Ifag?

Temos um departamento técnico e outro social. Na área técnica atuamos no levantamento de dados e informações estratégicas relacionadas ao agronegócio goiano, brasileiro e mundial. São coletados dados primários diretamente com os produtores rurais, instituições e empresas comerciais, além dos dados secundários, provenientes de entidades como IBGE, Conab, Mapa, Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, universidades, conselhos, órgãos internacionais, outros institutos de pesquisa e do próprio Sistema CNA e Sistema Faeg Senar. Esses dados e informações são trabalhados de forma sistemática, gerando inteligência estratégica para todo o agronegócio goiano e nacional. Nosso Instituto está preparado ainda para atender as demandas de entidades fundadoras, bem como demandas externas, como estudos, pesquisas e serviços que envolvam esforço intelectual, experimentação de novos modelos produtivos, desenvolvimento de projetos para a sustentabilidade do agronegócio, avaliação de políticas públicas e apoio geral ao produtor rural, seus familiares e funcionários.


E na área social?

Temos um projeto pioneiro no Brasil, em parceria com o Senar Central, que se refere à Casa de Apoio à Saúde Rural, do qual o Ifag é mantenedor. O nosso trabalho se refere ao apoio que fornecemos às pessoas ligadas ao setor rural que necessitam fazer exames, consultas ou tratamentos médicos e, na maioria dos casos, não tem onde ficar, ou mesmo condução e até como se alimentar. Nesse sentido, a Casa de Apoio oferece atendimento qualificado, apoiando nas necessidades do público-alvo, no agendamento dos tratamentos na rede pública, transporte, hospedagem e alimentação, além de prestar serviços com orientações básicas sobre prevenção e cuidado de pessoas doentes.


Um dos trabalhos do Ifag é levantar cotações, que servem de informação para o produtor?

As cotações são coletadas por uma equipe de três estagiários, sob a supervisão de uma assistente técnica com formação em economia. Por meio de ligações telefônicas, aplicativos de mensagens instantâneas e e-mail, eles entram em contato diariamente com uma relação de fornecedores de preços em todo o estado de Goiás. Os dados são registrados em um sistema informatizado e online. Ao final do dia é feita uma avaliação e aprovação dessa série de preços e gerados indicadores, como média por município, maior valor, menor valor e variação em relação à última cotação. Assim que aprovados, os resultados são publicados no site do Ifag (www.ifag.org.br), além do envio de um resumo da forma de post, em listas de transmissão em aplicativo de mensagem instantânea. Para receber o resumo das cotações do Ifag, diariamente, basta que o produtor rural e demais interessados registre na agenda do seu smartphone o nosso contato (IFAG INFORMA – (62) 98408-2036), envie uma mensagem com a palavra “Cadastrar” e aguarde nosso contato.



Como são feitos os levantamentos de informações para os boletins de mercado, custos de produção e nota técnica?

Nossos analistas técnicos monitoram o mercado de várias maneiras, ou seja, em acessos a sites de mercado agropecuário, bolsas de mercadorias e de instituições relacionadas, em jornais e programas de televisão e rádio, assim como contatos telefônicos e em mídias sociais, além de analisar o comportamento das informações e dados de mercado em tempo real que acontecem no Brasil e no mundo. Ao final da semana, após discussões internas, ponderações e comparações com nossos dados primários e percepções particulares, elaboramos um compilado de todas as principais notícias, o que se torna nosso Boletim de Mercado, que têm periodicidade semanal para algumas cadeias produtivas e mensais para outras. Os Custos de Produção são elaborados a partir da atualização dos preços de insumos, conforme planilhas geradas em painéis de levantamento da moda regional de produção, que envolvem baixa, média e alta tecnologias. Todos os meses são atualizadas mais de 20 planilhas com as estimativas dos custos de produção dos principais produtos agropecuários de Goiás. Essa ferramenta permite ao produtor rural um melhor planejamento e tomada de decisões mais assertivas. Já as Notas Técnicas são produzidas sempre que surge, por motivos diversos, a necessidade de informarmos os produtores rurais e o setor como um todo sobre algum acontecimento ou situação vigente. Essas notas podem tratar de assuntos tributários, políticos ou operacionais, mas sempre fazendo correlação com os reflexos na parte técnica da produção agropecuária do estado.


Que propostas já foram acompanhadas pelo Ifag e como a atuação do Instituto interferiu no resultado de políticas públicas?

Uma dessas propostas foi o estudo que o Instituto fez dos impactos dos benefícios fiscais referente à saída interestadual de gado em pé para abate auferidos pelos demais Estados da região Centro-Oeste e Tocantins sobre a competitividade dos produtores de gado de corte de Goiás. A deflagração da operação Carne Fraca, ocorrida em março de 2017, fez com que os preços da arroba de boi praticada no Estado de Goiás caíssem ao ponto de inclusive inviabilizar a atividade para muitos pecuaristas. Em consequência disso, à época, os Estados da região Centro-Oeste e o Tocantins, por possuírem benefícios fiscais - redução de alíquota de ICMS interestadual - menores do que Goiás, tinham uma competitividade maior para com a comercialização com outros Estados e, também, estavam comercializando uma grande quantidade de animais para Goiás, aumentando a oferta e pressionando ainda mais os preços para baixo. Em função disso o instituto realizou um estudo demonstrando a falta de competitividade e os prejuízos que os pecuaristas do Estado de Goiás estavam tendo em relação aos seus estados vizinhos e, então, solicitou ao Governo de Goiás isonomia quanto aos benefícios fiscais para a saída interestadual de gado em pé para abate que em Goiás era de 12% e nos demais Estados era de 5% e 7%. Esse trabalho resultou em redução da alíquota de ICMS interestadual de gado em pé para abate de Goiás para outros Estados de 12% para 7%, colocando Goiás em situação de igualdade com os demais estados do Centro-Oeste.


Quais trabalhos o Ifag desenvolve por meio das parceiras?

Com o Senar Goiás temos um termo de cooperação para “Estruturação e Sistematização dos Dados Econômicos do Setor Agropecuário do Estado de Goiás”, por meio do qual geramos dados e informações básicas para o setor, como cotações de produtos agropecuários e seus derivados, cotações de preços de insumos agropecuários, boletins de mercado e custos de produção dos principais produtos agropecuários de Goiás. Com a Faculdade de Comunicação e Informação da UFG, temos um termo de cooperação para o desenvolvimento de uma plataforma digital para consolidação dos dados e informações do setor, com geração de inteligência estratégica para suporte às entidades do agro, empresas privadas e ao produtor rural. Já com o Senai, por meio da Faculdade de Tecnologia Senai (Fatesg), vamos atuar na coordenação técnica de um curso de pós-graduação de MBA em Agronegócios, a ser oferecido a partir de setembro. Nessa parceria o Ifag ficará co-responsável pela elaboração do Projeto Pedagógico do Curso, indicação de professores, entre outros. Temos vigente ainda outro termo de cooperação técnica com a Embrapa Arroz e Feijão, para elaborar projetos para captação de recursos com foco em pesquisa de novos modelos socioeconômicos de produção agropecuária. Em parceria com o Senar Goiás iniciaremos em julho deste ano um projeto piloto, o Senar Mais Agricultura, que contempla duas turmas de assistência técnica e gerencial nos municípios de Silvânia e Itaberaí. Além dessas iniciativas, também estamos em fase de negociações com o Sebrae Goiás, para contratação de dois novos projetos, um para levantamento das demandas dos produtores rurais goianos por tecnologias e outro para fazer um estudo de viabilidade econômica de quatro cadeias agropecuárias no município de Niquelândia.


Quais são as propostas do Instituto para os próximos anos?

Além de manter a coleta de dados e informações relevantes na geração de inteligência para o agronegócio goiano, continuaremos a estruturação da plataforma de integração desses dados e informações, com a implantação de uma ferramenta para a consulta a tabelas e gráficos de forma mais intuitiva, inclusive em formato geoespacial, ou seja, por meio de mapas temáticos. Temos ainda um importante projeto a ser executado a partir de 2019. Trata-se do SIGA-GO - Sistema de Informações Geográficas da Agropecuária de Goiás -, em parceria com a Embrapa Cerrados, que vai utilizar metodologia já validada e consolidada para criar um laboratório de geoprocessamento no Ifag para o tratamento de imagens de satélite. Os objetivos são definir e caracterizar unidades de relevo como suporte para a análise dos resultados obtidos pelo mapeamento das culturas agrícolas, realizar o balanço agroclimático das culturas de grande expressão em Goiás, criar uma Plataforma Web para disponibilizar dados estatísticos e geoespaciais da evolução de plantio, desenvolvimento, colheita e produtividades médias das culturas de grande expressão em Goiás, bem como identificar e disponibilizar localização e informações das Unidades de Armazenamento de Grãos, Frigoríficos, Laticínios e Agroindústrias em todo Estado. Com os resultados esperamos desenvolver metodologia específica para cálculo de produtividade, através da integração da base vetorial, informações climáticas e dados de campo, monitorar a evolução das áreas plantadas/cultivadas ao longo dos anos bem como o rearranjo do espaço territorial, mantendo assim uma série histórica com informações numéricas e visuais, identificar gargalos logísticos e de infraestrutura no Estado, estruturar um modelo de estimativas de safras, aprimorar os cálculos atuariais para obtenção dos valores dos prêmios do seguro agrícola, permitindo melhores taxas de cobertura bem como preços mais acessíveis ao produtor rural e suportar o setor público, entidades de ensino e pesquisa, empresas privadas e setor produtivo para a tomada de decisão e gestão. Esse projeto beneficiará os produtores rurais, instituições de assistência técnica e de transferência de tecnologia, prestadores de serviços técnicos agropecuários, entidades acadêmicas e de pesquisa, cooperativas agropecuárias, governos municipais, estaduais e federal, além de instituições financeiras, seguradoras agrícolas, corretoras de commodities agrícolas, indústrias e fornecedores de bens de capital e insumos agropecuários e as tradings.

Comunicação Sistema Faeg Senar.


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