O objetivo de construir um Plano Estadual de Desenvolvimento para
a Cadeia de Piscicultura no Estado
Com o objetivo de fazer o levantamento de recomendações, propor diretrizes e políticas para a construção de um Plano Estadual de Desenvolvimento para a Cadeia de Piscicultura do Estado de Goiás, o Sistema Faeg/Senar/Ifag convidou lideranças e entidades como: Agrodefesa, Adial, Comissão de Aquicultura da Faeg, Emater, Embrapa, Fieg, Fapeg, Mapa, Seapa, Semad, OCB-GO, Sebrae, SIC, Sead e Peixe BR, para o Workshop- Fomento a Piscicultura. O evento foi realizado nesta sexta-feira (07/10), na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
A programação trouxe as ações do Sistema Faeg/Senar/Ifag em prol da piscicultura em Goiás, com o Superintendente Dirceu Borges e o diretor executivo do Ifag, Edson Alves Novaes. Os principais desafios da piscicultura no Estado foram apresentados pelo presidente da Comissão de Aquicultura da Faeg, Cleiton Coldebella. Também foi realizado um debate sobre as recomendações de diretrizes e políticas para construção do plano de desenvolvimento da piscicultura goiana.
Entre as próximas estratégias está um encontro com piscicultores para apresentar os avanços obtidos através do workshop, além de receber outras sugestões para o crescimento desse mercado.
Sobre a piscicultura em Goiás
De acordo com a 6ª edição do Anuário da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR), no cenário nacional, a produção de peixes de cultivo fechou em 841 mil toneladas, o que representa um crescimento de 4,7%, quando comparado com o ano de 2020. A tilápia apresenta o maior cultivo, com 63,5% de toda a produção do País. O Estado de Goiás em 2021 produziu 29,7 mil toneladas de peixe, sendo 20,2 mil toneladas de tilápia, 9,2 mil toneladas de espécies nativas e 300 toneladas de outros peixes.
Entre os estados que mais exportaram tilápia, Goiás ocupa o sétimo lugar no ranking, com faturamento de US$ 189,8 mil, ficando atrás do Mato Grosso do Sul (US$ 6,7 mi); Paraná (US$ 6,2 mi); Bahia (US$ 2,2 mi); Santa Catarina (US$ 1,3 mi); São Paulo (US$ 1,1 mi); e Ceará (US$ 190,8 mil). Apesar desses números, Goiás está em 11º lugar no ranking brasileiro de produção de peixes, com um grande potencial para se tornar um dos maiores players no mercado brasileiro e mundial.
O Estado conta com algumas vantagens comparativas para promover o crescimento da atividade, como água em abundância tanto para o desenvolvimento da atividade de tanque escavado quando de tanque rede. Além de infraestrutura e logística que favorecem o escoamento da produção; vocação de municípios com potencialidade para a instalação de criadouros de peixes, disponibilidade de mão-de-obra.
Goiás ainda encontra inúmeros desafios para a promoção do desenvolvimento e do crescimento da Cadeia de Piscicultura. Destacam-se as áreas tributárias, ambiental, sanitária, de agregação de valor aos produtos da cadeia, na comercialização do produto goiano, dentre outros.