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Todo ano tem seca. O que o pecuarista precisa fazer?

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A resposta para essa indagação é única: “comida”. No entanto, produzir e/ou adquirir alimentos para os animais não é tarefa simples, ao contrário, há diversos processos envolvidos e é importante discutirmos sobre isso.

A dieta para ruminantes é composta, basicamente, por volumoso, concentrado, mineral (macro e microminerais) e água. O produtor deve ter em mente que o volumoso é o principal alimento, especialmente quando se trata da pecuária de leite. E para produzir/adquirir alimentos volumosos requer-se maior cuidado.

Alimentos concentrados são mais homogêneos e uniformes, por exemplo, milho é milho em qualquer lugar. Já uma silagem de milho pode variar e se diferenciar de outra produzida na mesma propriedade e na mesma época. Ademais, alimento volumoso deve atender a um tripé: custo mais baixo possível, qualidade nutricional adequada e quantidade suficiente para tratar os animais durante todo o ano.

Todo ano ocorre período de seca e, para esse período de escassez de alimentos no Centro-Oeste, o planejamento e execução deve ser feito com antecedência. Já se deu conta que uma silagem de milho que será aberta em junho de 2024 é proveniente de uma lavoura plantada em novembro de 2023? Se você ainda não plantou e/ou adquiriu o volumoso, corra, aja com urgência! Sem alimento para os animais (alimento que atenda ao tripé supracitado) não teremos carne e leite e, muito menos uma produção sustentável.

E a urgência de garantir o volumoso de seu gado deve-se também ao "fator climático" desfavorável que estamos enfrentando em 2023/2024. A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) alertou que a safra de grãos já está comprometida em parte considerável. Há também uma tendência de as chuvas se encerrarem precocemente e começarem o próximo período chuvoso mais tarde, comprometendo ainda mais a produção de alimento desse biênio.

Como amigo e especialista em produção de alimento para gado, quero, além deste alerta que deixei, te apontar por onde começar: garanta o volumoso de seu gado e estruture seu rebanho. Pouco resolve ter comida para o gado, mas oferecer esta comida a um rebanho sem estruturação adequada.

Quanto maior o número de animais na propriedade, maior será o gasto com alimentação. Dessa forma, a tendência é que o produtor com "rebanho inchado" faça um fornecimento "regrado" de comida, pois fica caro e, dessa forma, os animais não mostram o seu potencial produtivo.

Comece, produtor de leite, organizando seu rebanho em 50% de vacas em lactação. E produtor de carne, não retarde a venda do animal que já está pronto. “Ah, mas o preço está muito ruim”: tenha em mente que manter um animal a qualquer custo é economicamente perigoso. Uma fazenda sustentável tem um rebanho estruturado.

Não existe uma receita mágica para a adubação ou orientação de plantio, a orientação é gerencial: faça uma estruturação de rebanho. Essa, juntamente com a garantia de alimento volumoso, é a maior medida de impacto econômico na sua propriedade.

Estruturação de rebanho requer orientação técnica e o Senar Goiás disponibiliza esses profissionais de campo em todo o estado, através da Assistência Técnica e Gerencial, para isso basta o produtor rural procurar o Sindicato Rural de seu município e solicitar o serviço que é gratuito.

Conteúdo elaborado por Athos Bonifácio Marinho, engenheiro agrônomo, professor universitário e supervisor técnico de Pecuária Leiteira e de Corte do Senar Goiás, especial para a Revista Campo.

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