Problemas na manutenção de redes elétricas do campo geram apagão de energia e economia

Entra o tempo da chuva, saí o tempo da chuva e literalmente não há luz para o problema da falta de energia elétrica no Campo. São redes sem manutenção, árvores sem poda e basta um ventinho que tudo se faz trevas. Trevas que vão além da escuridão porque o produtor rural começa a viver um apagão na economia. O dinheiro do gasto diário, principalmente para os que produzem leite, vai para o ralo junto dos milhares de litros do produto perdidos por falta de refrigeração nos tanques de armazenamento. Isso sem falar na problemática da ordenha comprometida que gera prejuízos à saúde das vacas e consecutivamente mais gastos com medicamentos para o pecuarista. O produtor de leite luta, faça sol ou chuva, para que a esperança de se manter na atividade não talhe.

Por isso a revolta toma conta e já que no meio dessa escuridão os produtores não são enxergados, alguns usam o leite estragado para serem vistos. É aí que temos a reprise de cenas do leite que não pode nem ser doado porque estragou, sendo jogado em escritórios da Enel. Essa semana isso aconteceu em Orizona. Fazendas da região ficaram cerca de sete dias sem energia elétrica. Aqui destaca-se a realidade do produtor de leite, mas não se pode esquecer dos que mantêm granjas, lavouras e demais atividades no campo de todo o estado que não existem sem que “se faça a luz”.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás intensificou nos últimos dois anos o diálogo com a Enel para pelo menos reduzir o tempo gasto de religação da energia na zona rural. Promessas de investimentos e mais atenção ao pedido de socorro dos produtores foram feitas. Foi um sonho já que mais uma vez o pesadelo de trevas se repete. A Faeg segue buscando soluções.

Veja no vídeo o posicionamento do presidente do Sistema Faeg/Senar e deputado federal José Mário Schreiner.

Comunicação Sistema Faeg/Senar