Nayara Pereira
Não é de hoje, que a má condição de conservação das rodovias que ligam os municípios de Itajá, Aporé, Lagoa Santa, Itarumã e Caçu, vem tirando o sono e preocupando muitos motoristas que dependem desses trechos para trafegar e escoar a produção. Decorrente desses fatores, representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e do Ministério Público Estadual (MP-GO), juntamente com prefeitos e integrantes da sociedade civil organizada, se reuniram na manhã desta quarta-feira (25), para uma audiência pública na sede da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop).
O objetivo do encontro foi cobrar melhores condições de tráfego ao longo das GOs 206, 178 e 302. Ao final da reunião ficou definido que a entidade vai colocar em prática um projeto emergencial que completa uma operação tapa-buracos. A execução do projeto, segundo acrescentou o diretor de Manutenção da Agetop, Francisco Humberto Moreira, aguarda parecer da Controladoria-Geral do Estado para o início da operação de reparo. A medida visa mitigar a situação das vias que, conforme reconhecido pelo próprio órgão, estão totalmente comprometidas. Entretanto, segundo informado pelo diretor, esta é a solução possível, tendo em vista que a recuperação das rodovias somente poderá ter início em período de estiagem, possivelmente em março de 2016.
Na ocasião, o promotor de justiça, André Luiz Ribeiro, que responde pela comarca de Itajá, cobrou mais empenho e um planejamento urgente por parte do governo estadual. “Está existindo uma omissão estatal em relação a manutenção dessas rodovias. Diante desse fator, é obrigação por parte do MP, intervir e cobrar dos órgãos responsáveis que cuidam do trânsito da população, mais segurança e melhores condições”, cobrou.
Para o prefeito de Aporé, Hailton Gomes da Pena, o serviço que é feito nas rodovias da região, é de má qualidade e sem durabilidade. “Enfrentamos esses problemas há 17 anos e nunca presenciei uma rodovia de qualidade. Procuramos a Agetop, mas nada é feito”, disse. Segundo o prefeito, as GOs 184 e 302, que ligam Itauçú e Itajá estão praticamente intransitáveis, causando mortes e acidentes.
Segundo o gerente sindical da Faeg, Vitor Hugo Evangelista, que na ocasião estava acompanho pela assessora jurídica da entidade, Rosirene Curado, a Federação apoia o Ministério Público (MP), e alerta para a necessidade urgente de um planejamento rodoviário por parte do governo. De acordo com o gerente, a situação encontra-se insustentável, já que as condições da rodovia são motivos de acidentes que destroem famílias inteiras, além de impactarem negativamente a economia estadual devido à dificuldade de escoamento da produção. “Estamos ao lado do MP cobrando melhorias das rodovias para que tenham mais condições de tráfego na região, já que a principal atividade econômica da região é o agronegócio, por isso é de fundamental importância a qualidade dessas rodovias”, destacou Vitor Hugo.