Agro contribui para conter aumento da inflação em junho

No mês de junho de 2025, o único grupo que compõe o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA que apresentou variação negativa foi o de alimentação e bebidas, cuja oscilação foi de -0,18%. Os demais segmentos registraram resultados positivos, variando entre 0,99% do grupo habitação e 0,00% para educação. Em resumo, a desaceleração nos preços dos produtos do agro brasileiro colaborou para que a inflação no mês de junho/2025 ficasse em 0,24%, inferior à do mês anterior (maio/2025), que foi de 0,26%.

No entanto, a retração de -0,18% nos valores dos itens agropecuários em junho/2025 não foi suficiente para colocar a inflação do país abaixo da meta, uma vez que, no acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA atingiu 5,35%.

Dos 16 subgrupos que integram o item alimentação e bebidas do IPCA em junho/2025, sete apresentaram deflação no período, sendo eles: hortaliças e verduras com redução média de -3,01%, cereais e leguminosas com queda de -2,71%, pescados com retração de -1,88%, aves e ovos com recuo de -1,42%, óleos e gorduras com -0,57% de diminuição, carnes com -0,35% e produtos industrializados com baixa de -0,04%.

Os alimentos do agro, que até então vinham pressionando a inflação no país e eram considerados vilões do aumento de preços, passaram a registrar quedas em junho/2025. É o caso dos ovos, que apresentaram recuo de -6,58%, das carnes, como a alcatra, com queda de -1,50%, e do café moído, que teve alta de apenas 0,56% no mês de junho/2025, ante o aumento de 4,59% em maio/2025 e de 8,56% em janeiro/2025. A inflação do café, que no acumulado de 12 meses, em maio/2025 estava em 82,24%, caiu para 77,88% em igual período encerrado em junho/2025.

Alguns produtos agropecuários registraram reduções expressivas nos preços no mês de junho/2025, como foi o caso da laranja-lima, com baixa de -15,86%, melão com queda de -13,89%, peixe dourada com recuo de -8,81% e cenoura com diminuição de -7,89%.

Os grandes vilões da inflação no mês de junho/2025 foram os grupos de habitação com +0,99%,
devido ao aumento de combustíveis e energia de 2,23% e vestuário com +0,75%, com altas de
até 2,74% em joias e bijuterias.

Imagem: divulgação

Análise: Grupo de estudos Técnicos da Faeg- Getec

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