Gilmara Roberto
A Associação de Produtores de Grãos de Mineiros (APGM) realizou a 18ª Edição do Dia de Campo da Soja na última sexta-feira (6/3). O evento realizado na Fazenda São Pedro, área experimental da APGM, reuniu 29 empresas, que apresentaram as mais novas tecnologias na produção do grão e discutiram os desafios do setor. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, e o primeiro vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz Pereira, compareceram ao encontro.
O Dia de Campo de Soja da APGM contou com a participação de cerca de 250 pessoas, entre empresários, produtores, técnicos e estudantes. José Mário, que é um dos fundadores da Associação e acompanha ano a ano a realização do Dia de Campo, comemorou a importância que o evento tem assumido no cenário de grãos do Estado. “Quando idealizamos o Dia de Campo, nosso objetivo é que todos os produtores da região pudessem produzir em iguais condições. E isso hoje já está concretizado”, comentou o presidente.
Além de apresentar sementes com tecnologia agregada, o Dia de Campo trouxe ainda produtos para fertilização do solo e defensivos agrícolas. “É através da integração dessas instituições que conseguimos ter mais acesso a tecnologias. Isso favorece o agricultor”, avaliou o produtor de soja de Jataí e região, Joel Ragagnin.
Desafios
O presidente da APGM, Eduardo Sandi, lembrou que o fortalecimento da classe produtora, que se reúne em eventos como o Dia de Campo da APGM, é fundamental para atravessar o momento pelo qual o Brasil tem passado. “Por enquanto, o cenário ainda é bom. Mas o dólar está alto e as dificuldades virão. Por isso, é importante que a gente se organize e se fortaleça”, considerou.
José Mário Schreiner destacou que, apesar das dificuldades pelas quais o país tem atravessado, produtores podem se orgulhar de militar no setor que é responsável pelo fortalecimento da economia nacional. “Este será um ano difícil do ponto de vista econômico, político e social, mas vocês pode se orgulhar de representar o Brasil que dá certo”, afirmou aos produtores.
Entre os principais desafios de 2015, José Mário destacou que promover mudanças na legislação que regulamenta o uso de defensivos agrícolas é um dos maiores. “Precisamos de regras de deem agilidade à liberação de produtos para que os produtores tenham condições de combater pragas antes que elas devastem as lavouras”, defendeu.
Além de primeiro vice-presidente institucional da Faeg, Bartolomeu Braz Pereira é presidente da Associação de Produtores de Soja de Goiás (Aprosoja Goiás) e relembrou que a instituição está à disposição dos produtores de todo o Estado para o fortalecimento da atividade. “A Aprosoja foi criada para que tenhamos condições de dar respostas rápidas e discutir políticas públicas para o agronegócio. Cerca de 60% da área agriculturável de Goiás é ocupada pela soja. Por isso, temos a necessidade de ter uma entidade forte”, defendeu.