A safra 2020/21 começa a ser semeada em todo o Brasil com certo atraso devido ao limitante climático. Com uma expectativa de crescimento de 7% na produção de soja e de 2,6% na de milho, espera-se que o Brasil quebre novamente o recorde produtivo. Da mesma forma, em Goiás, espera-se que a soja tenha um crescimento de 3,9% na sua área plantada. No entanto, além do fator climático, o agricultor terá na safra 2020/21 um outro desafio, o crescimento do custo de produção da safra.
De acordo com os dados do Instituto do Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag), o custo operacional efetivo (COE) da produção da soja safra 20/21, em comparação com ano agrícola anterior, registrou um avanço de 11,7%. No caso do milho verão, o aumento do COE é de 9% (considerando o levantamento de setembro de 2020 com mesmo mês de 2019). A título de comparação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) evoluiu 3,09% neste período.
O principal motivador desta alta se deve ao preço dos fertilizantes. No caso da soja, o gasto com fertilizantes e corretivos saltou 20%. Quando comparamos a safra 20/21 com a passada, no caso do milho esta evolução foi de 17%. A explicação deste movimento se encontra na valorização cambial do período, visto que grande parte deste produto é oriundo das exportações e da valorização das commodities, já que historicamente o preço dos fertilizantes tendem acompanhar o acréscimo nas cotações dos grãos.
Diante deste cenário, cabe ao produtor gerenciar de forma mais efetiva seus custos, observar a relação troca dos seus insumos com a perspectiva de preço dos seus produtos, tomando, assim, as melhores decisões e, desta forma, alcançando uma melhor rentabilidade.
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