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Cadeia produtiva do leite ganha linha especial do FCO

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A proposta, apoiada pela Faeg, feita pelo governo de Goiás ao Ministério do Desenvolvimento Regional, será discutida nesta terça-feira (14), durante reunião do Conselho Técnico do FCO, em Brasília.

Conteúdo produzido O Popular

Novo crédito deve ter juros mais baixos e prazo de carência; estimativa é de R$ 300 milhões para o melhoramento genético do rebanho

A cadeia leiteira de Goiás deve ganhar uma linha de crédito específica para a bovinocultura de leite no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O objetivo é financiar projetos que contribuam para o melhoramento genético do rebanho.

A estimativa é que sejam destinados R$ 300 milhões para fortalecer a cadeira leiteira no estado. Pela proposta, a nova linha de crédito para a cadeia leiteira em Goiás terá as mesmas taxas de juros do FCO Verde (cerca de 7% ao ano) e prazo de pagamento de até 15 anos, com carência de quatro anos. Também deve ser possível financiar 100% dos projetos de produção de leite para produtores de pequeno e médio porte e taxa de juros zero para aquisição de material genético certificado por produtores de mini, pequeno e médio porte.

O secretário de Estado da Retomada e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), órgão gestor do FCO em Goiás, César Moura, conta que a estimativa é contemplar 2,5 mil pequenos produtores goianos com o FCO Leite, uma ideia do governador Ronaldo Caiado que a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) já manifestou interesse em ampliar para todos os estados da região. "O crédito terá juro menor e prazo maior, tornando o negócio mais atrativo para trazer de volta produtores que desistiram da produção e atrair novos", diz.

Outra proposta, segundo Moura, é criar contratos futuros para entrega de leite, com garantia de preços mínimos, que seriam assinados com as indústrias. A ideia é que este "contrato amarrado" dê mais segurança para todas as partes, incluindo a instituição financeira, para a liberação dos financiamentos. "Vamos solicitar que ele seja aceito pelo Banco do Brasil como pontuação para facilitar a aprovação do empréstimo. Isso também fará com que a indústria deixe de adquirir leite de fora do estado", prevê.

A criação do FCO Leite deve ser homologada pelo Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), órgão gestor do FCO, em dezembro.

O secretário lembra que outro trabalho de fortalecimento da cadeia produtiva de leite no estado é feito pelo Centro de Biotecnologia em Reprodução Animal (Biotec) da Universidade Estadual de Goiás (UEG), um investimento de R$ 3 milhões para contemplar até 2 mil produtores. Com unidade de melhoramento genético em São Luiz dos Montes Belos, o Biotec leva assistência técnica gratuita na área reprodutiva às pequenas propriedades, disponibilizando desde a análise e preparo do rebanho até a inseminação de embriões para melhorar a qualidade do rebanho.

"Nosso objetivo é incentivar o desenvolvimento genético do rebanho leiteiro. Já temos algumas fazendas como referências internacionais em genética de ponta. O desafio é democratizar o acesso a este material. Investir em genética de qualidade significa aumentar o valor agregado do produto, seja o leite ou o animal, fator decisivo para a sustentabilidade da cadeia", diz o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende.

O diretor executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado (Sindileite-GO), Alfredo Luiz Correia, lembra que a entidade já tem um projeto em parceria com uma empresa de Lavras (MG) para melhoramento genético do rebanho goiano. O projeto visa a aquisição de matrizes meio sangue da raça girolando, gado melhor adaptado e de boa rentabilidade. "Há empresas que captam leite a 400 quilômetros de distância, o que aumenta muito o custo com frete e faz o leite chegar com mais tempo de ordenha", justifica.

Os recursos do FCO poderão facilitar a adesão de produtores ao projeto, elevando a produção em propriedades de maior tradição leiteira e mais perto dos laticínios. "Uma boa produção depende de administração, genética e alimentação. A indústria será a garantidora e a proposta do FCO vem somar, num momento complicado para o setor", destaca Correia.

O presidente da Comissão de Pecuária Leiteira da Faeg, Vinicius Correia, elogiou a iniciativa do governo estadual, diante da difícil situação do produtor de leite. Porém, ele acredita que uma ação mais efetiva seria melhorar os preços internos do produto, com uma ação do governo federal que inibisse a importação de leite em pó da Argentina. "A nova linha do FCO é uma ação de mais longo prazo", acredita.

Sobre a adoção do contrato com preço mínimo, ele diz que o temor é em relação à escalada dos custos, que tendem a subir e, com preço travado, o produtor pode não conseguir honrar seus compromissos. "É uma questão polêmica que precisa ser muito bem discutida", alerta.

Foto: Fredox Carvalho

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