Com a pesquisa de campo, realizada na última semana do mês de janeiro, foi divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nesta quinta-feira (11/02), o 5º levantamento para a safra de grãos 2020/21. O relatório expõe uma previsão de que a produção brasileira de grãos deve alcançar 268,3 milhões de toneladas, apresentando um crescimento de 4,4%, quando comparado à safra de 2019/20 na produção total.
Em relação à área total plantada, foi previsto um aumento de 2,7%, representando 67,7 milhões de hectares para essa temporada.
Com um cenário repleto de adversidades, registrando atrasos nas precipitações e irregularidades nos volumes de chuva, a semeadura do milho primeira safra foi prejudicada e só retomou sua força após haver uma regularização das chuvas em janeiro, tendo como consequência uma redução de 0,8% na área cultivada e produção estimada em 23,6 milhões de toneladas. Para a segunda e a terceira safra do grão, é prevista uma produção total que poderá atingir 105,5 milhões de toneladas, sendo 2,9% superior aos índices registrados em 2019/20. Quanto aos níveis de importação e exportação, a Companhia mantém inalteradas em um milhão de toneladas e 35 milhões de toneladas, respectivamente. Para os estoques finais, é projetado um total de 9,9 milhões de toneladas, configurando uma queda de 6,6% comparada à safra anterior.
Para a área cultivada da soja, é mantida uma tendência de crescimento de 3,6%, com estimativas de 38,3 milhões de hectares e produção de 133,8 milhões de toneladas, com a regularização do clima. Quanto à produtividade, é registrado um aumento de 3,5%, em que todos os dados são comparados ao ciclo passado da oleaginosa. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) estima que as exportações de soja para o mês de janeiro de 2021 foram de 49,49 mil toneladas, sendo 96,10% menor que o volume exportado na safra de 2020. A demanda interna da oleaginosa é estimada entre 45 e 49 milhões de toneladas, que se mantém aquecida devido ao aumento do consumo de proteínas animais. Sendo assim, os estoques finais de soja serão mantidos em volumes baixos e com preços mais elevados no mercado interno em 2021.
Imagem: divulgação
Fonte: Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag)