Condições das rodovias comprometem escoamento

Nayara Pereira

A longa distância entre Goiás, os portos e os centros consumidores de grãos torna o transporte da safra um grande desafio. Ainda mais quando o único meio para o escoamento – as rodovias – não corresponde com o esperado. Defendendo a importância de recursos e mais infraestrutura para as rodovias em Goiás, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, participou nesta quinta-feira (14), da assinatura de ordens de serviço do programa Rodovida Manutenção II. A solenidade acorreu no auditório Mauro Borges e contou com a presença do governador, Marconi Perillo e do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop).

Para Schreiner, grande parte das rodovias no estado estão intransitáveis. A preocupação da Federação e principalmente dos produtores, são com o escoamento da safra. “Dependemos da manutenção e da conservação das nossas estradas. O setor produtivo necessita de condições favoráveis, já que a safra está plantada e logo iniciaremos a colheita e o escoamento. Para se ter uma ideia, um dos graves problemas em Goiás é a falta de infraestrutura. Gastamos quatro vezes mais do que outras regiões para levar nossos produtos ao porto. Isso tem que mudar”, ressaltou.

Outro fator que o presidente defende diz respeito ao envolvimento do setor produtivo nas tomadas de decisões do governo. “Precisamos ser ouvidos, principalmente no que diz respeito as prioridades do setor. Já que as reclamações por parte dos produtores, Sindicatos Rurais (SR) e entidades são constantes por rodovias melhores”. Schreiner destaca também a prioridade para o escoamento da safra. “Esse fator é primordial, já que a agropecuária está segurando a economia brasileira e principalmente o estado, mas precisa ser olhada como mais atenção por todos”, defendeu.

Falando sobre o Rodovida, o presidente da Faeg, destaca que o programa já deveria ter apresentados mais soluções para a manutenção das rodovias. “Com a implantação dessa verba, a nossa expectativa como setor produtivo é que a infraestrutura seja prioridade”, destacou.

Manutenção e reconstrução

De acordo com o presidente da Agetop, Jayme Rincón, a prioridade nesse ano é para a reconstrução de 1.100 quilômetros de rodovias, e com esse novo contrato do Rodovia Reconstrução. "Eu vou ser o tesoureiro das faturas dos serviços nas rodovias. A sociedade não pode ficar privada de soluções", afirmou o governador, Marconi Perillo.

As empresas detentoras dos contratos estão autorizadas a realizar serviços de conservação rotineira nas rodovias estaduais pavimentadas e não pavimentadas, que somam 21,7 mil quilômetros, nos 27 aeródromos estaduais e ainda em 10 balsas que fazem a travessia em rios goianos.