Depois de curso de hidroponia realizado pelo Senar Goiás, família tem nova renda com venda de alface

O treinamento realizado na propriedade, em Inhumas, deixou toda a estrutura montada para iniciar o cultivo

O sonho de cultivar hortaliças de forma diferente começou com a curiosidade de dona Maria Perpétua. Ela passou meses pesquisando na internet, assistindo vídeos e se encantando com a ideia da hidroponia. A inspiração ganhou força quando uma sobrinha, professora, participou de um curso de hidroponia oferecido pelo Senar Goiás e voltou entusiasmada. “Ela chegou e me contou que foi muito lindo, a irmã dela também falou. E elas me incentivaram e eu tenho muito espaço, e muita vontade”, relembra Maria.

O apoio do Senar Goiás foi fundamental para que o projeto saísse do papel. “Quando a gente começou na hidroponia, a gente não tinha noção nenhuma. A gente viu vídeos e sabia que era isso que queria, só que não sabia como começar. Aí a gente comprou os materiais, procurou o Sindicato Rural de Inhumas, o sindicato entrou em contato com o Senar e eles vieram e nos deram um curso. A gente juntou uma equipe, uma turminha, fez o curso e, durante o curso, a gente já deixou praticamente montada”, lembra Adrielle Paula de Oliveira, filha da Maria Perpetua que também acompanha a produção

O primeiro passo foi dado no ano passado e, em fevereiro deste ano, veio a primeira colheita. A hidroponia exige uma estrutura própria, com canaletas por onde circula a água enriquecida com nutrientes que chegam diretamente às raízes das plantas. Isso garante que a alface cresça de forma uniforme, saudável e com aparência mais bonita. “O cultivo da alface na água é movido a nutrientes dissolvidos na dose certa. Faz a alface desenvolver de uma forma uniforme, fica muito bonita, mantém sempre verdinha, além de ser um produto limpinho, né? Você não tem contato com a terra, tá sempre limpinho, sempre verdinha, muito bonito de se ver e de se comer”, explica Adrielle.

A mudança de vida foi para toda a família. Sr. Jamil deixou o manejo do gado e os cuidados com o pesque-pague para investir na nova produção. “Pelo jeito que minha esposa falou, nós estamos gostando muito, sempre, parece que vai melhorar para nós. Nós estamos planejando para dedicar mais, planejamos isso aqui e nós vamos arrumar mais, se Deus quiser, sempre aumentar mais. E aqui é o futuro do meu filho, netinho”, afirma.

Parte da produção é servida nos pratos do restaurante do pesque-pague, o que chamou a atenção dos clientes. “A gente deixa para colher na hora que vai usar nos pratos. Muitas vezes os clientes estão ali, eles veem a gente vindo colher na hora, ficam até admirados: ‘nossa, olha, está verdinho, fresquinho’. Eles sentem a diferença na hora de comer. E nisso a gente já conseguiu bastante cliente que vem aqui, procura a gente: ‘ó, eu quero alface, a gente veio comprar alface’”, conta Maria Perpétua.

Quem organizou o curso de hidroponia foi a mobilizadora do Senar Goiás Leandra Mendanha. “O instrutor Ricardo foi quem ministrou o treinamento. A gente montou em parceria com os alunos, a produtora e a hidroponia no final do curso já estavam pronta, gerando uma nova fonte de renda para a propriedade. Agora vamos começar o planejamento, ver os pontos que precisam melhorar para evoluir a produção, depois fazemos a adequação tecnológica e, por último, avaliamos os resultados. Assim, ela consegue caminhar sozinha com as práticas gerenciais”, explicou.

Animada com os resultados, a família já pensa em expandir. “A gente tem o sonho de continuar, a gente aumentou um espaço aqui pra frente. Por enquanto tá na alface, mas a gente quer cultivar cheiro verde, quem sabe rúcula e às vezes até o morango, tão sonhado o morango, que a gente acha que é muito bonito. Se a gente conseguir, vai ser outro sonho realizado”, diz Maria, emocionada.

Para ela, o trabalho na horta vai além da produção. “Olha, às vezes eu tô lá em casa, quietinha, vou lá ver minhas alfaces, que são muito lindas. A gente se sente bem aqui, entendeu? A gente se sente bem olhando as alfaces. Tô amando, realizei meu sonho e vou firmar nele.”

Comunicação Sistema Faeg/Senar

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