A recente forte valorização do dólar frente ao real, devido a incertezas políticas, elevou ainda mais a competitividade do milho brasileiro no mercado internacional. Com isso, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o interesse para exportação aumentou.
Segundo pesquisadores, além da recente alta do dólar, a maior competitividade do cereal nacional está atrelada às consecutivas baixas nos preços do milho brasileiro. No mercado doméstico, compradores e vendedores têm travado uma competição acirrada, com grande parte dos negócios realizada para atender apenas necessidades de curto prazo.
Para o consultor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Cristiano Palavro, as exportações são fundamentais para dar liquidez ao mercado de milho brasileiro. “Isso se dá ao elevado excedente que teremos neste ano em função do crescimento da produção. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que exportaremos cerca de 25,5 milhões de toneladas do cereal, porém com estas novas alterações no câmbio nosso milho fica mais atrativo ao mercado internacional, o que poderá impulsionar um volume maior de vendas ao exterior”, explica.
No geral, agentes estão à espera da entrada da segunda safra, comportamento que se intensificou na última quinta-feira (18), por conta do câmbio. Em Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&Bovespa caiu 0,1% entre 12 e 19 de maio, a R$ 27,07 a saca de 60 quilos.
Fonte: Faeg, com informações do Canal Rural
Foto: Arquivo Faeg