Dentro do tema de Sanidade Animal, outra doença zoonótica que vem causando prejuízos aos produtores é a tuberculose. Segundo a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), nesse ano será realizado o primeiro inquérito epidemiológico, para saber em quais as regiões a doença está mais presente. No 4º Goiás Leite, Antônio Cândido Cerqueira, pesquisador da Embrapa, vai apresentar quais os cuidados necessários para evitar a infecção no rebanho dos produtores goianos.
Antônio explica que, a tuberculose é infecciosa e contagiosa, afeta principalmente bovinos e bubalinos, mas pode ocorrer, também, em seres humanos. A doença ocorre com maior frequência em rebanhos leiteiros e naqueles mantidos em confinamento.
A transmissão se dá na aquisição de animais já infectados, independentemente de raça, sexo ou idade. Segundo a Agrodefesa, por ser uma doença crônica, cujos sintomas podem demorar a aparecer, a maioria dos animais não apresentam sintomas e a disseminação ocorre antes mesmo do aparecimento dos sinais clínicos. Em estágios mais avançados, o animal apresentará emagrecimento, falta de ar, tosse. Algumas lesões internas na carcaça podem ser identificadas durante o abate do animal.
Diferente da brucelose, para a tuberculose não existe vacina nem tratamento. A melhor forma de prevenir a doença no rebanho é comprar somente animais que apresentem resultado negativo ao teste confirmatório da doença, devendo realizar o exame periódico em todo rebanho, manter as instalações com boa ventilação, pisos, bebedouros e comedouros bem higienizados.