Assessoria da Faeg com informações da Agência Brasil
Em cerimônia nesta segunda-feira (01), no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, que na ocasião representou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), participou da troca de cartas de reconhecimento de equivalência dos controles oficiais de carne bovina entre Brasil e Estados Unidos, feito pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi e pela embaixadora dos Estados Unidos, Liliana Ayalde.
Na prática, informou o Ministério da Agricultura, com o ato os dois países passaram a reconhecer formalmente a abertura do mercado norte-americano para o produto brasileiro. A Faeg comemorou o anúncio feito na última sexta-feira (29), pelo ministro da Agricultura, da abertura das exportações de carne bovina in natura para o mercado norte-americano. “O mercado americano é bastante exigente. Isso mostra que nossa carne está em um padrão mundial”, destacou o presidente da Faeg, José Mário Schreiner.
Para Schreiner o acordo fortalecerá o setor produtivo brasileiro. “A indústria se fortalece e o setor produtivo juntamente com a defesa sanitária que muito faz para garantir a qualidade da carne bovina, espera colher bons resultados e amenizar as perdas já causadas pela redução do consumo interno, devido à crise que arrebata o país”, disse.
Negociação
O ministério da Agricultura, Blairo Maggi esteve em Washington para finalizar os entendimentos e disse que a habilitação dos frigoríficos será por prelisting, ou seja, o Ministério da Agricultura e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos poderão indicar uma lista de estabelecimentos para exportação e, desses, apenas os que cumprirem todos os requisitos previstos no acordo serão chancelados pelos serviços oficiais dos dois países.
Atualmente, os brasileiros vendem apenas carne bovina industrializada para os EUA. No ano passado, as vendas desse produto para o mercado norte-americano somaram US$ 286,8 milhões. Com a inclusão da carne in natura, a expectativa é de um incremento de US$ 900 milhões nessas exportações.
O acordo entre os países resulta de negociação desde 1999 com os Estados Unidos, que são rigorosos nas exigências sanitárias. Os procedimentos técnicos para o comércio da carne in natura foram concluídos na quinta-feira (28), em reunião do Comitê Consultivo Agrícola Brasil-Estados Unidos, em Washington.