Catherine Moraes
Acompanhado de representantes do município de Vicentinópolis, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner se reuniu, na manhã desta segunda-feira (2), com o secretário de Segurança Pública e Justiça, Joaquim Mesquita. O objetivo da reunião foi discutir problemas de segurança enfrentados no município de Vicentinópolis, incluindo a zona rural. Prefeito da cidade, José Oliveira Fernandes e o presidente do Sindicato Rural, Edson Lopes estiveram presentes.
A reunião foi realizada no gabinete do secretário e discutiu, principalmente, o aumento da criminalidade em Vicentinópolis. Entre os principais crimes, roubo de gado, assalto e estupro. Além disso, a prefeitura busca auxílio do Estado para administração do presídio local, que atualmente é responsabilidade do município e comandada pela Polícia Militar. Além do alto custo, a situação impede que os PM’s atuem na rua ou em patrulhas rurais.
O prefeito da cidade e o vereador Resival Cassimiro, que também estava presente, afirmam que, além dos criminosos detidos na cidade, presos de municípios vizinhas são levados para o presídio. “O local foi construído com recursos da União e da própria prefeitura, mas os problemas em Vicentinópolis são muitos e não estamos conseguindo custear tudo. Temos muitos gastos com a saúde, educação e ainda com a cadeia”.
Intermediando a problemática, José Mário afirma que a insegurança não está só na capital, mas tem crescido muito no interior, e principalmente na zona rural. Com constantes reclamações de roubos de gado e até mesmo assaltos, ele ressalta a importância da patrulha rural. O secretário afirmou estar consciente sobre a demanda, mas ressalta a importância de mais verba disponibilizada pela União.
“Vamos fazer o possível para que tenhamos viaturas rodando pelo menos 12 horas por dia. Apenas com segurança, Goiás gasta cerca de 1,700 bilhões por ano. O repasse da União para saúde e educação, entretanto, é maior que para a segurança. Na constituição, a redação dos artigos 196 (saúde), 205 (educação) e 144 (segurança), são os mesmo”, finalizou.
O secretário afirmou que entrará em contato nos próximos dias, após conversar com o Comandante Geral para dar uma resposta às demandas. Ele adiantou, contudo, que 19 cadeias que hoje são administradas pela PM passarão a ser administradas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e Justiça (Sapejus).
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