Fabiana Sommer
Em novembro Goiás recebe a segunda etapa de vacinação contra a febre aftosa. A ação, que se estende até o dia 30 deste mês, é organizada pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e estabelece durante este período que bovinos e bubalinos, de até 24 meses, sejam vacinados contra a doença, a fim de preservar o status sanitário do rebanho goiano. A Faderação da Agricultura de Goiás (Faeg) e o Sindicato Rural (SR) de Rio Verde alertam os produtores sobre a obrigatoriedade da vacinação e sobre o afto de o pecuarista que não a fizer está sujeito a multas.
As vacinas já estão sendo vendidas e segundo o fiscal estadual agropecuário, Guilherme Ramos Barbosa, só podem ser comercializadas até o dia 30 de novembro. “As vacinas já foram disponibilizadas para venda desde o dia 30 de outubro e cada loja agropecuária pode fazer seu próprio preço”, explica Barbosa.
Para comprovar a vacinação, o produtor deve declarar a ação por meio do site www.agrodefesa.go.gov.br ou por meio das unidades operacionais locais da Agrodefesa, além de entregar os formulários exigidos pela agência anexados à nota fiscal eletrônica de aquisição das vacinas, até no prazo máximo de cinco dias após o término da etapa de vacinação, marcada para o dia 5 de dezembro.
O pecuarista que não vacinar o rebanho será multado em R$ 7,00 por cabeça e ainda vacinará os animais com acompanhamento de fiscais, a chamada vacinação assistida. “Mas, não é só a falta de vacinação que gera ônus para o bolso do produtor, a não declaração também acarretará no bolso e quem não o fizer teve que pagar o valor de R$ 60,00 por propriedade”, afirma Barbosa.
A doença
A febra aftosa é uma doença contagiosa que afeta principalmente os rebanhos bovinos, de leite e corte além dos suínos, e tem como principal característica a rapidez na disseminação do vírus. Os principais sintomas são: febre, aftas na boca, salivação excessiva, dificuldades na locomoção, arrepio dos pelos, a ausência de apetite e sede. A doença é transmitida por meio do vírus do gênero Aphtovirus, e geralmente está presente na saliva, no líquido das aftas, no leite e nas fezes dos animais infectados.
Barbosa explica ainda que qualquer objeto ou pessoa que tenha contato com essas fontes de infecção se tornam um meio secundário de transmissão para outros rebanhos. A contaminação entre humanos é raríssima.
De acordo com o médico veterinário Juliano Aquino, a doença pode ser fatal e por esse motivo vários países estabelecem barreiras sanitárias nas regiões atingidas. “A vacinação é indispensável para manter qualquer rebanho livre de aftosa, com ela podemos garantir uma carne saudável para a população” pontua.