Faeg realiza Seminário de Comercialização de Grãos em oito municípios goianos

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IMG 2965Michelle Rabelo

Tida como uma das etapas mais difíceis da produção de grãos, a comercialização é tema de mais uma rodada de discussões realizada pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). O Seminário de Comercialização de Grãos que teve início na noite da última segunda-feira (26) segue até o próximo dia 5 de fevereiro e será realizado em oito cidades. A primeira cidade a receber o evento foi Montes Claros de Goiás, onde mais de 120 produtores lotaram o salão de eventos do Sindicato Rural (SR) do município.

Abrindo a noite, o presidente da entidade, José Mário Schreiner, falou aos presentes e destacou a importância de discussões em torno de problemas que impactam o setor. “Temos que aproveitar cada minuto para debater o atual modelo do seguro rural, a questão da energia elétrica, a falta de chuva, o preço do petróleo e muitos tantos outros temas que são inconcebíveis dentro da realidade de gente que faz a economia desse país girar", pontuou.

José Mário também falou sobre a necessidade de estar atento às oscilações do mercado. “O mercado trabalha com pressupostos de cada região, do Brasil e do mundo. Cabe a nós estarmos ligados em cada um desses mercados que estão interligados, mas que têm características pontuais”. Compartilhando da opinião, o palestrante da noite, Flávio França Júnior - analista de mercado e consultor em Agribusiness – também alertou os participantes sobre a importância de diferenciar os mercados.IMG 2850

“Aqui está faltando chuva, e nós não podemos generalizar isso. Mato Grosso, Mato Grosso do sul e São Paulo não estão sentindo. Precisamos levar isso em conta. Antes de falar em crise, precisamos analisar todo o contexto. A meteorologia mostra um fevereiro com chuva, então é melhor esperar antes de fazer previsões exageradas”, argumentou o presidente.

Além de falar sobre a dinâmica do mercado, Schreiner fez questão de destacar os integrantes deste mercado. “Precisamos entender a dinâmica do mercado, mas precisamos também ter consciência de que nossas empresas produzem a melhor tecnologia da agropecuária. Em Goiás temos os melhores produtores do mundo. Vocês podem bater no peito e falar: aqui temos a melhor agropecuária do Brasil”, comentou.

Ainda sobre a agropecuária goiana, e em tom de desafio, ele interagiu com o público fazendo comparações de produtividade atual. “Há 25 anos, colhíamos cerca de 200 sacos de milho por alqueire. Hoje não se colhe menos de 1.200 sacos no mesmo espaço. Isso é tecnologia. Qual o setor da economia mundial evoluiu tanto nos últimos anos? Eu não conheço”, brincou José Mário.

Seminários

IMG 2859"Produzir até que é fácil. Difícil é acertar na comercialização", disse o vice-presidente do Sindicato Rural (SR) de Montes Claros, Luis Flávio Rocha. Ele também deu boas vindas aos participantes e fez questão de elogiar o palestrante Flávio França Neto, que focou no posicionamento das principais variáveis que estão ingerindo na formação dos preços. “A intenção é mostrar como funciona o mercado e suas principais variáveis como o câmbio, o mercado internacional e a Bolsa de Chicago. Além disso, explicar o motivo pelo qual mecanismos principais da formação do preço”, pontuou. Flávio também alertou os produtores sobre o novo governo e os impactos esperados para até 2016.

Para João Renato, produtor de soja de Montes Claros e da região de Cachoeira Durada de Goiás, é muito importante saber ter noção de mercado e, principalmente, do momento certo de comercializar o grão. Ele explica que não tem expectativas tão positivas devido à falta de chuva, mas que mesmo em momento de crise, o diferencial é conhecer bem as oscilações do mercado. “Eu não tenho um percentual exato, mas minha estimativa é que a estiagem tenha comprometido cerca de 20% da minha lavoura. Hoje eu quero sair daqui sabendo como e quando comercializar o que não foi prejudicado”, pontuou.

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