Falta de chuva preocupa e já traz gastos extras para produtores de soja em Goiás

Na propriedade do Neri Alcântara que fica no município de Silvânia,140 hectares da soja precoce de 105 dias precisaram receber água de irrigação por causa da falta de chuva. “Já tem mais de uma semana que choveu e a temperatura está muito alta pra soja que está formando o grão. Foi a saída que encontramos pra não prejudicar a safra que deve ser colhida até 15 de janeiro”, explica.

A terra que deveria estar molhada nessa época do ano em Goiás está levantando poeira. Isso prejudica também quem não concluiu o plantio. Em Goiatuba, no sul do estado, já são duas semanas sem chuvas e o de plantio foi suspenso na área estimada de 73 mil hectares. De acordo com a Emater local, resta cerca de 10% da área para ser cultivada. Os produtores tem notado ainda que o calor tem favorecido o aparecimento da lagarta elasmo, o que amplia o problema com gastos de insumos para controlar a praga.

Em Rio Verde, segundo o departamento técnico da Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo), muitos agricultores estão preocupados com a possibilidade de perdas de produtividade nas lavouras. Por lá as plantações que estão na fase de floração acabam não se desenvolvendo por conta das altas temperaturas. No momento, cerca de 30% dos 360 mil hectares plantados estão em floração e 70% em crescimento vegetativo.

Segundo especialistas, a produtividade média da soja segue estimada entre 4.200 e 3.600 quilos por hectare, o número real vai depender das chuvas. De acordo com a meteorologia, no fim de semana, as precipitações devem retornar ao estado. O mais recente levantamento de uma consultoria especializada em grãos, aponta o cultivo em Goiás de 3,795 milhões hectares de soja na safra 2020/2021, alta de 3,4% ante os 3,670 milhões de hectares registrados na safra anterior (2019/2020).

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Comunicação Sistema Faeg/Senar