O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na última terça-feira 09/02, a inflação do mês de janeiro. Contrariando as expectativas do consenso Bloomberg, que estimava alta de 0,31% na comparação com dezembro, o índice desacelerou pela primeira vez em quatro meses. Após altas escalonadas, variando de 0,64% em setembro a 1,35% em dezembro, a inflação do último mês registrou 0,25%, sendo o menor índice desde agosto de 2020 (0,24%). Nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 4,56%.
A principal responsável no resultado foi a queda de 5,60% da energia elétrica, que foi individualmente, o maior índice negativo do mês (-0,26 p.p.) Já Alimentos e bebidas continuam a puxar os preços para cima, mas com menos força. Os outros itens a sofrerem deflação foram transportes (em decorrência da queda dos preços das passagens aéreas), habitação (também influenciado pela energia elétrica) e vestuário.
Quanto aos alimentos, aqueles destinados para consumo no domicílio, que haviam subido 2,12% no mês anterior, variaram 1,06% em janeiro. As frutas subiram menos (2,67% contra 6,73% em dezembro) e as carnes caíram de preço (-0,08% contra alta anterior de 3,58%), assim como o leite longa vida (-1,35%) e o óleo de soja (-1,08%). Por outro lado, os preços da cebola (17,58%) e do tomate (4,89%), que haviam recuado no mês anterior, aumentaram.
Já a alimentação fora do domicílio seguiu movimento inverso, passando de 0,77% em dezembro para 0,91% em janeiro.
Combustíveis, importantes insumos para a produção agrícola, apresentaram variação superior à do mês passado: 2,13% contra 1,56%, com destaque para a gasolina (2,17%) e o óleo diesel (2,60%).
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Fonte: IFAG