Fabiana Sommer, de Rio Verde
O Sindicato Rural (SR) de Rio Verde reabrirá na terça-feira (29), o laboratório de fitopatologia, localizado no Parque de Exposições do município. Em parceria com a Universidade de Rio Verde (UniRV) e o Instituto Federal Goiano (IFG), o espaço oferecerá trabalhos de monitoramento da ferrugem asiática. O local é destinado a fitopatologistas, agrônomos e estagiários de Agronomia. Os serviços de monitoramento e diagnóstico da doença serão gratuitos. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 8h às 17h e nos sábados das 8h às 11h.
Equipado com microscópios de última geração, o serviço é oferecido aos produtores rurais de Rio Verde e região, independentemente de ser associado ou não do SR. De acordo com o professor fitopatologista Hércules Campos, a variação climática, vinculada a susceptibilidade das variedades de soja, contribuem de forma significativa para a proliferação da fitopatologia. “O produtor deve ter em mente que a forma mais eficaz é o monitoramento das lavouras. Ele precisa estar em constante vigília e utilizar o laboratório do sindicato, mais uma ferramenta para auxiliar o produtor”, comenta.
Dados
Campos explica que na safra passada o primeiro foco da doença foi detectado, em lavoura comercial, pelo laboratório, em 5 de janeiro deste ano. Segundo ele, a doença foi constatada poucos dias após a aplicação de fungicida, colocando os produtores ainda mais em alerta. “Sempre orientamos que após detectar o primeiro caso de ferrugem asiática, o produtor encurte o intervalo de aplicações”, reforça Campos.
Para o coordenador do laboratório e engenheiro agrônomo, Antônio Carlos Bernardes, o laboratório já é conceituado e tem se tornado referência para outros sindicatos. "Nosso serviço tem despertado o interesse de outros sindicatos pelo estado. Neste ano, o SR de Jataí inaugurou um e o de Luziânia está em estudo. Esse é um sinal de que a preocupação com a ferrugem asiática deve ser sempre ampliada”, sinaliza.