O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) atendeu à solicitação da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e fornecerá AGF para o feijão. A operação já foi confirmada tanto pelo Mapa, quanto pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e também foi confirmada disponibilidade de verba para início imediato das operações de compra pelo governo.
A única pendência até o momento é a norma da Conab que regulamente o aumento de 600 sacas para 2 mil. Este foi um dos pedidos da Faeg, mas ainda não foi confirmado. A Companhia de Abastecimento assumiu, entretanto, o compromisso de definir os valores até a tarde desta sexta-feira (31).
A solicitação da Faeg ocorreu porque houve acentuada queda nos preços da leguminosa. Atualmente, produtores goianos vendem a saca por preço bem abaixo do valor mínimo estabelecido. O preço atual pago ao produtor em Goiás, pela saca de 60 Kg do feijão tipo 1 carioca, é de R$ 70. Com a decisão, produtores poderão entregar o produtor pelo preço mínimo do produto, fixado em R$ 95 no ano passado, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A aquisição engloba também o tipo 2.
Para reverter a queda dos preços, José Mário Schreiner, presidente da Faeg, solicitou que a compra do produto seja feita por AGF, mecanismo no qual o governo adquire o produto diretamente dos agricultores quando o preço de comercialização está abaixo do preço mínimo.
Além do pedido de compra, o presidente da Faeg solicitou ainda que a quantidade máxima, a ser comprada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fosse elevada. A quantidade máxima que a Conab estava autorizada a comprar de cada produtor de feijão, pelas normas em vigor, é de 600 sacas de 60 Kg. Agora, o pedido é que o valor suba para 2 mil sacas.
A solicitação foi feita, na última terça-feira (21), durante audiência com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller. Além disso, a federação está fazendo o acompanhamento diário do processo.
“A maioria dos produtores goianos é de médio porte e eles utilizam moderna tecnologia, além de elevados índices de produtividade. Não podemos deixar que os produtores recebam abaixo do valor mínimo. Agradecemos ao Ministério da Agriculturae à Conab por atenderem nossa solicitação”, comemora José Mário.