Os preços de todas as categorias pesquisadas pela Scot Consultoria tiveram, em média, queda de 1,7% desde o começo do ano no estado. Nesse mesmo intervalo, os preços da arroba do boi gordo desvalorizam 9,9%. Perante essa situação, na média da relação de troca de todas as categorias de reposição, o poder de compra do invernista/recriador ficou 8,3% menor em relação ao começo do ano.
Destaque para a relação de troca com o boi magro (12@), atualmente compra-se 1,19 boi magro com a venda de um boi gordo de (16,5@), há cinco meses comprava-se 1,31. Situação semelhante para o garrote (9,5@), que em janeiro/17 comprava-se 1,57 animal e hoje 1,45.
De acordo com o presidente da Comissão de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Maurício Velloso, os últimos acontecimentos envolvendo um dos maiores ‘pleyers’ da carne, têm contribuído para a instabilidade dos negócios e preços pecuários. “Os pecuaristas não querem vender gado gordo nos preços da @ atuais, e as pastagens ainda dão suporte a isso. Ao mesmo tempo, essa é a hora da desmama, obrigando os criadores a vender num ambiente de reposição de frio a morno, o que dificulta a alevação dos preços das crias”, destaca.
Mesmo diante de pastagens ainda com capacidade de suporte aceitáveis, esses fatores colaboraram para diminuir o interesse dos pecuaristas em repor seus animais, nas últimas semanas poucas foram às negociações efetivadas.
Fonte: Scot Consultoria, com informações da Faeg
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